MAIS ARTIGOS DO GRANDE MÉDICO GAÚCHO CARDIOLOGISTA, CABRA MACHO, VALENTE, CORAJOSO, O SENHOR MILTON SIMON PIRES!
VALE A PENA LÊ-LO!
PARABÉNS AO GRANDE DOUTOR.
POR QUE NÃO SOU PETISTA
Milton Pires
Eu não sou petista por que acredito:
1. No Esforço; não na Inveja.
2. No Trabalhador; não no Sindicato.
3. Na Ciência; não no Aquecimento Global.
4. No Ser Humano; não na Cor da Pele.
5. Na Música; não na Obscenidade.
6. Na Literatura; não na Autoajuda.
7. Na Pintura; não na Esquizofrenia.
8. Na Mulher; não na “Diferença de Gênero”
9. Na Medicina; não nas Eleições.
10. No Filosofia; não no Fanatismo.
Eu não sou petista, porque acredito que toda Caridade se faz em silêncio...que a verdadeira Justiça não é desse Mundo, e que longe de Deus não há Salvação...
Porto Alegre, 14 de março de 2014
O EXÉRCITO COM FOME
Milton Pires
A proximidade da data que comemora os 50 anos da Intervenção Militar de 1964 e nova edição da Marcha da Família seguem aquecendo, pelo menos nas redes sociais, o debate sobre o eventual papel das Forças Armadas (FFAA) na manutenção da democracia no país. Quando escrevi “O Exército Fantasma” deixei clara minha opinião a respeito do erro que se faz ao colocar a pergunta em termos de “vontade” de tomar o poder no país. Procurei mostrar que não há, para as FFAA, outra alternativa que não seja fazer isso ou desaparecer. Nesse artigo, quando eu escrever “Exército”, peço que os leitores considerem o conjunto das três forças: Marinha, Exército e Aeronáutica.
O que me leva novamente a abordar o tema é o fato de que, em alguns debates nas redes sociais, tenha sido levantada a hipótese de transformação do Exército Brasileiro(EB) num exército revolucionário. Mencionou-se a estratégia gramsciana e o “aparelhamento” dessa força como mecanismos capazes de transformar o EB num exército como o chinês ou o cubano. Sobre isso afirmo o seguinte: é possível subornar, corromper ou até mesmo comprar o EB...é possível sufocá-lo deixando-o sem mantimentos e munição e até – como eu já deixei claro no artigo anterior que vai acontecer – extingui-lo, mas não é possível fazer dele um Exército Revolucionário. Toda história recente dos grandes exércitos comunistas (soviético, chinês, cubano e norte-coreano) mostra uma gênese, uma formação completamente diferente. Todas essas forças que menciono entre parênteses nasceram “dentro da revolução”; não depois dela. Para entender isso que escrevi e compreender a diferença com o Brasil, necessário é aceitar que aqui a revolução já aconteceu. O PT já está no poder e não conta, ele mesmo, com o EB como garantia de seu projeto de poder. Toda representação armada, todo “acoplamento” existente entre poder político e militar que existe no Brasil hoje se dá exclusivamente entre o PT, os militantes de uma guerrilha camponesa disfarçada de movimento social (MST) e uma massa carcerária de meio milhão de condenados e usuários de drogas que estão dentro dos presídios brasileiros.
Tomando como exemplo aquilo que aconteceu na China, lembro que o Exército de Libertação nasceu do que foi o 8ºExército Revolucionário – força militar que atravessou o país na Grande Marcha combatendo não só os japoneses como os nacionalistas de Chiang Kai-shek. Recordando a Revolução Cubana, eu peço a vocês que considerem a Tomada do Quartel de Moncada como evento que, depois, deu origem ao grupo que formaria a Guerrilha de Sierra Maestra e mais tarde o Exército de Fidel Castro. Nada disso é passível de acontecer no Brasil e o PT sabe perfeitamente do que estou falando. É por isso que o plano desse partido não é converter o EB ao comunismo; mas destruí-lo...sufocá-lo aos poucos em termos de verbas enquanto aumenta cada vez mais no país o poder da Força de Segurança Nacional.
Para terminar, e no que toca a Marcha do próximo sábado, 22 de março, afirmo que o EB não estará junto com os manifestantes, que pouco ou praticamente nada disso que escrevi aqui faz sentido ao Exército e não fará até que ele sinta na própria pele a verdade sobre o que estou escrevendo..até que ,além da munição,faltem médicos nos quartéis..até que comecem a fechar, um depois do outro os Colégios Militares...até que o Exército se torne, irreversivelmente, um Exército com Fome.
“Publique-se. Intime-se”
Porto Alegre, 18 de março de 2014.
CRONOLOGIA
Milton Pires
1964 – Fica claro às Forças Armadas (FFAA) que membros do Movimento Revolucionário que atuavam no Brasil desde 1961 pretendem implantar no país um regime comunista. As FFAA deixam os pracinhas e a Guerra do Paraguai pra trás e tomam o poder.
1966 – Ocorre o primeiro grande ato violento dos revolucionários: o atentado no Aeroporto de Guararapes. A inteligência do ExércitoBrasileiro, depois de ser informada pela CIA, descobre que bombas matam e machucam muito as pessoas.
1967-68 – Membros da luta armada, por ordem do General Golbery do Couto e Silva, são presos na Ilha Grande (RJ) com os primeiros traficantes de maconha do país. A luta armada sofre repressão efetiva e seus militantes optam pela luta cultural e pela “tomada do poder por dentro”. Fica mais fácil fazer revolução tomando chope e escutando bossa nova do que levando tiro de fuzil.
1980 – Treze anos depois dessas prisões em 67, o submundo do sindicalismo associado ao tráfico de drogas no país e à Universidade funda a maior organização criminosa da história política do Brasil – o Partido dos Trabalhadores. O pensamento brasileiro sofre traumatismo craniano e o país entra em coma intelectual.
1990 – Dez anos depois do PT “nascer”. Lula e Fidel Castro criam um órgão que vai transformar aquilo que era um plano de poder para o Brasil em plano para toda América do Sul – o Foro de São Paulo. Nasce um câncer chamado SUS e avança o “Direito Alternativo”
2003 – Dez anos depois do Foro de SP, a organização criminosa conhecida como PT chega ao Poder Federal no Brasil. Fora da veadagem, do Aquecimento Global e da “não internação” dos viciados em crack não há salvação.
2005 – Fica claro, para todo Brasil, através do Mensalão, que a organização criminosa é uma organização criminosa. A situação é tão grave que a “verdade está na boca dos bandidos” (Roberto Jefferson)
2013 – O PT inunda o Brasil com médicos cubanos. Apesar dos vinhos,ternos caros e loiras lindas, as pessoas se dão conta de que o PT “não mudou”Ele foi, é, e sempre será um Partido Revolucionário. Se o comunismo não morreu, “foi sacanagem ter enterrado ele com vida”..
Março de 2014 - As pessoas, até porque são brasileiras, “decidem” que entre março e outubro de 2104 vão mudar com passeatas, caminhadas, marchas e cartazes ou seja lá o que for, tudo isso que eu descrevi e que levou 50 anos para acontecer !
Dedicado às crianças da primeira do ensino fundamental
Porto Alegre, 21 de março de 2014.
50 ANOS DEPOIS
Milton Pires
31 de março de 1964: Há 50 anos atrás as Forças Armadas (FFAA) tomavam o poder no Brasil. Cansado como estou de escutar as reportagens..os depoimentos e os documentários..Esgotado com as entrevistas daqueles que “sobreviveram” à prisão e às torturas, farto de escutar uma única versão eu hoje aqui vou me dirigir à “esquerda”...aos bravos combatentes da luta armada que mais tarde ajudaram a formar o PT e restaurar, como querem fazer crer, a normalidade da vida institucional no país.
Muito eu poderia escrever no sentido de revelar quem vocês na verdade são..no intuito de relatar o que fizeram e o que disseram que fariam. De tudo que me ocorre, tenho como mais importante deixar uma só mensagem, lançar uma só pedra que, com o peso e tamanho de uma montanha, há de os colocar no devido lugar quando as futuras gerações a vocês se referirem. Vocês, seus mentirosos, seus covardes assassinos, jamais em momento algum lutaram pela democracia no Brasil. O que os movia era a intenção de implantar aqui o comunismo. Derrotados, vocês mudaram de tática, mas jamais de objetivo final. Cada deputado subornado, cada refinaria velha comprada no estrangeiro é a manifestação do mesmo fenômeno passado, do mesmo fanatismo hediondo que os levou a matar, roubar, fraudar e sequestrar tudo e todos de quem vocês se aproximaram! Deus me livre de viver num país que encontra em vocês o ideal de herói, a noção de mártir e o conceito de bravura. Que cada criança brasileira com acesso a internet e ao Google possa, olhando fotos em preto e branco dos anos 60, encontrá-los em fotografias com Mao Zedong, Fidel Castro e Che Guevara..Que todas elas tenham acesso aos dois lados de uma história cujo único narrador hoje é a organização criminosa que vocês fundaram 16 anos depois da intervenção militar e que, com o nome de “Partido dos Trabalhadores”, arrasta o Brasil em direção à Venezuela. Que todo aquele que, comovido e assistindo ao Jornal Nacional, vendo pessoas sendo presas e tanques desfilando, lembre daqueles que perderam a vida nos atentados que vocês perpetraram no Aeroporto de Guararapes, nos bancos das grandes cidades ou nas matas do Araguaia e entenda que os militares se apropriaram do poder; vocês do direito de contar a história do país..
Vermes como vocês, que em 68 falavam na “vontade do povo”..que em 72 diziam lutar pela “democracia” são hoje aqueles que roubam o futuro das nossas crianças com seu gayzismo histérico ensinado nas escolas públicas...que matam os doentes nos hospitais públicos de onde roubam tudo que podem e que reduzem os policiais brasileiros à definição de bandidos fardados a ser vendida nos jornais que vocês controlam! Vocês, seus miseráveis, não merecem homenagem alguma do país..ninguém lhes deve pedido de perdão nenhum e o lugar de vocês na história é a lata de lixo reservada aos assassinos como Stalin, Fidel e Mao que, sendo heróis de vocês, não o são do povo que desgraçadamente vocês governam.
As desculpas pedidas hoje por José Eduardo Cardozo, ministro por vocês escolhido para defender a Justiça no Brasil, nada significam para gente simples..para o povo humilde que acredita em Deus, que reza pela família, que é contra o casamento gay e que nada sabe ou quer saber sobre a fraude do aquecimento global. Recomendo a vocês divulgar pesquisas sobre que “roupas usar para que uma mulher não seja violentada” e celebrar sempre a luta do passado, bandidos petistas, pois o presente não convém a vocês e o futuro não se pode fraudar...mesmo 50 anos depois..
Porto Alegre, 31 de março de 2014.
PENSAR ANTES DE AGIR
Milton Pires
Quando terminou a redação de “A Condição Humana” Hannah Arendt fez questão de deixar claro o quão perigoso era o fato dos pensadores de uma sociedade acreditarem na liberdade de ideias como algo intocável. Salientou que, na vigência de um regime totalitário, muitas vezes o agir pode ser perigosamente mais fácil do que o pensar.
Essa semana, uma pesquisa do IBOPE mostrou algo que, até onde sei, não tem precedentes na história política brasileira: a queda nas pesquisas de um determinado candidato oficial do governo (Dilma) favorecendo a subida de um candidato não oficial (Lula) do mesmo governo na mesma eleição. É tão grande a desgraça da política brasileira...é tão miserável e anêmica a capacidade de se fazer oposição ao PT que os institutos de pesquisas não tem sequer pudor de apresentar dois candidatos do mesmo partido como alternativa aos entrevistados! O PT é algo tão grande...tão forte são seus valores (ou a falta deles) na vida política do Brasil que ele tornou-se governo e oposição ao mesmo tempo. Em certo sentido é como se pudéssemos dizer dessa gente aquilo que se dizia da Igreja na Idade Média e mudar a frase para “Fora do PT não há salvação”
Apesar daquilo que escrevi acima, gostaria de deixar aqui um aviso para aqueles que pensam que é exatamente o “mesmo PT” que volta com um eventual retorno de Lula ou com a permanência de Dilma no poder. Nada no PT poder ser ou permanecer o mesmo..Acreditar nisso seria incorrer no grave erro de entender que trata-se de um partido como outro qualquer e isso não é, de modo algum, verdadeiro.
A capacidade do PT de convencer um segmento importantíssimo do empresariado nacional, de conter as eventuais críticas de uma imprensa medíocre e de doutrinar a universidade brasileira já não é mais a mesma. O panorama geopolítico do mundo após a invasão da Criméia e o afastamento da Rússia do restante da Europa ocorrem exatamente numa época em que acaba um recente ciclo econômico do qual os dois governos de Lula foram beneficiários e do qual o governo Dilma assiste o fim. Permanecendo no governo em 2015 o partido há de enfrentar condições econômicas que, através da inflação e da recessão, hão de ter consequências políticas extremamente severas para quem quer continuar, depois de onze anos, mentindo para população brasileira. Não é possível negar, nesse contexto, que um endurecimento político, que um apelo populista maior ainda do que o produzido por médicos cubanos, pela euforia da Copa do Mundo, ou das Olimpíadas será necessário para que um governo totalitário como o petista atravesse mais quatro anos até 2018. O aparelhamento total do Supremo Tribunal Federal, novas tentativas de comprar o Congresso e um endurecimento da censura serão necessários na nova ordem petista de 2015.
Em maio próximo há de ocorrer aquele que vem sendo considerado como fato político o ano: a viagem do presidente Vladimir Putin à China. Da rodada de conversações que serão realizadas pouca dúvida resta a respeito do estreitamento das relações e de um fortalecimento maior ainda daquilo que vem sendo chamado de bloco russo-chinês em termos de visão globalista de poder. Não será possível ao Brasil, país que depois do século XXI tornou-se uma espécie de líder da “turma do deixa disso” nos conflitos internacionais, permanecer neutro nesse contexto e ignorar a pressão do Estados Unidos.
De tudo que escrevi aqui ficam, no meu entendimento, as seguintes conclusões: 1. as eleições que se aproximam nada mais são do que uma eleição “dentro do PT” 2. é patético acreditar que o PT, no seu delírio revolucionário, é um partido como outro qualquer e que, com Lula ou Dilma em 2015, o Brasil será o mesmo. 3. O mundo 2015 há de ser, do ponto de vista econômico e geopolítico, bastante diferente desse em que vivemos.
Sei que o Partido-Religião conhece essas minhas conclusões, que está tomando suas providências e que aproximam-se tempos sombrios..Mais do que nunca é hora de pensar antes de agir.
Porto Alegre, 7 de abril de 2014.
DANDO A LUZ AO PT
Milton Pires
Valesca dos Santos (Rio de Janeiro, 6 de outubro de 1978), mais conhecida pelo nome artístico de “Valesca Popozuda” ou apenas Valesca, é uma cantora, compositora, produtora e empresária brasileira. Foi vocalista do grupo feminino “Gaiola das Popozudas” entre 2000 e 2012 até a metade de 2013, sendo uma das responsáveis por tornar o funk carioca dissipado e conhecido em todo o Brasil. Em 2013 lançou-se em carreira solo com a canção "Beijinho no Ombro", que atingiu a décima segunda posição na Billboard Brasil.
Esse primeiro parágrafo é uma das maravilhas permitidas pelo famoso Ctrl+C. Tudo o que fiz foi isso: entrar na Wikipédia para saber, afinal de contas, alguma coisa a respeito dessa moça, copiar e iniciar o texto. O que vou escrever a seguir nada se relaciona com ela e muito pouco diz respeito a isso que vem sendo chamado de funk music. A ideia aqui é bem diferente: Antonio Kubitschek é o nome do professor que elaborou uma prova de filosofia da Escola de Ensino Médio 3, no Distrito Federal, e nela havia uma questão que chamava Valesca Popozuda de "grande pensadora contemporânea" - sobre isso eu acho que faz sentido escrever.
Antes de começar gostaria de chamar a atenção para uma atitude da própria Valesca que, segundo o Jornal O Globo, se disse “muito honrada” pela citação em uma prova de filosofia. Tal gesto reflete, ao meu ver, a sensação de estranhamento, a ideia de distância de uma pessoa que, independente do seu caráter ou de sua atividade profissional, jamais imaginou pertencer, ela mesma, ao mundo da alta cultura ou dos grandes pensadores. Em outras palavras eu diria o seguinte: mesmo sem ter conversado com Valesca ou com o “professor de filosofia” que fez a questão, eu imagino que nenhum dos dois se conhecia antes disso e que a moça jamais quis ser citada nem pediu ou pagou ninguém para que a letra de sua música se tornasse uma pergunta de prova.
Fácil seria escrever dizendo que não existe mais pensamento crítico no Brasil. Isso eu já fiz antes e se o fizesse novamente aqui, nesse artigo, correria o risco de passar àquele que lê a impressão do temido discurso “moralista”, “conservador” ou “reacionário” daqueles que acreditam num ensino de filosofia “distanciado da realidade” e “vinculado às elites.” Nada sei sobre ensinar filosofia. Sequer graduado sou nessa área do conhecimento e o que escrevo não tem relação com a minha condição de médico. É como brasileiro que tento me expressar...é como alguém que não perdeu (ainda) a noção da realidade e que tem perfeitamente guardada a distinção entre a alta cultura e a vulgaridade..entre a arte e o apelo comercial. Acredito ter como parceira nessa empreitada a própria Valesca dos Santos que, no seu sentimento de lisonja, revelou toda estupefação de quem jamais pretendeu ser fonte de reflexão alguma..e que na sua gratidão revela a ingenuidade de quem foi usada por mais um militante petista dentro da educação brasileira.
Não tenho, nem nunca tive, qualquer procuração para defender os pensadores desse país. Não conheço Valesca e nada sei do seu caráter. Não gosto daquilo que ela canta, mas isso nada tem a ver com o ensino de filosofia no Brasil. Digo apenas que a própria filosofia nasceu da “capacidade do espanto”... da curiosidade sobre o mundo, sobre o sentido da vida e de como vivê-la da melhor e mais justa forma. O questionamento sobre a verdadeira arte e sobre a noção do belo somaram-se à essas primeiras indagações dos gregos e vem atravessando o tempo como objeto de investigação filosófica.
Tudo o que se faz hoje em termos culturais é reflexo de um Brasil em que não há mais espanto algum..em que a própria noção do belo desapareceu e onde a vulgaridade, o apelo rasteiro à sexualidade, e ao sucesso comercial são aquilo que restou. Nem Valesca nem a maioria dos artistas que cantam o tipo de música que ela celebra pretenderam jamais ser mais do que isso. A crise moral ou cultural não começou com eles; começou dentro das Universidades e das escolas que se entregaram completamente ao domínio de um Partido Político e a um projeto de poder no qual o belo e o justo são o que servem à Revolução..
Valesca e os MC's dos bailes funks nasceram no mesmo país que deu ao mundo a música de Villa- Lobos, a pintura de Portinari, e a escultura do Aleijadinho. Toda tragédia do pensamento brasileiro não está nos bailes das favelas do Rio de Janeiro; está na Educação que, em nome de um delírio revolucionário, acabou com a distância que havia entre o juízo crítico e a obscenidade cultural dos mais pobres. Nossa miséria continua original: segue autêntica e sem pretensão alguma. Ela nunca se “prostituiu” como como disseram que Valesca fez.
Nada seria mais justo do que o funk brasileiro agradecer cantando nas suas letras a “filosofia vagabunda” da nossa Universidade. Valesca, queiram ou não, continua sendo verdadeira, mas a nossa cultura foi estuprada num baile em 1968, engravidou da revolução e morreu dando à luz ao PT.
Porto Alegre, 9 de abril de 2014.
O JURAMENTO DE HIPÓCRITAS
Milton Pires
“Juro por Apolo Médico, por Esculápio, por Higí por Panaceia e por todos os Deuses e Deusas que acato este juramento e que o procurarei cumprir com todas as minhas forças físicas e intelectuais.
Honrarei o professor que me ensinar esta arte como os meus próprios pais; partilharei com ele os alimentos e auxiliá-lo-ei nas suas carências.
Estimarei os filhos dele como irmãos e, se quiserem aprender esta arte, ensiná-la-ei sem contrato ou remuneração.
A partir de regras, lições e outros processos ensinarei o conhecimento global da medicina, tanto aos meus filhos e aos daquele que me ensinar, como aos alunos abrangidos por contrato e por juramento médico, mas a mais ninguém.
A vida que professar será para benefício dos doentes e para o meu próprio bem, nunca para prejuízo deles ou com malévolos propósitos.
Mesmo instado, não darei droga mortífera nem a aconselharei; também não darei pessário abortivo às mulheres.
Guardarei castidade e santidade na minha vida e na minha profissão.
Operarei os que sofrem de cálculos, mas só em condições especiais; porém, permitirei que esta operação seja feita pelos praticantes nos cadáveres.
Em todas as casas em que entrar, fá-lo-ei apenas para benefício dos doentes, evitando todo o mal voluntário e a corrupção, especialmente a sedução das mulheres, dos homens, das crianças e dos servos.
Sobre aquilo que vir ou ouvir respeitante à vida dos doentes, no exercício da minha profissão ou fora dela, e que não convenha que seja divulgado, guardarei silêncio como um segredo religioso.
Se eu respeitar este juramento e não o violar, serei digno de gozar de reputação entre os homens em todos os tempos; se o transgredir ou violar que me aconteça o contrário.”
Peço desculpas ao leitor se começo o texto assim, mas não teríamos nós, médicos brasileiros, outra chance de descrever o que sentimos quando partem daqueles que atendemos as perguntas cujas bases vem da indagação - “onde fica o seu juramento, doutor?”
Tudo que está escrito no primeiro parágrafo é aquilo que jurei em 1994 quando me formei em Medicina. A redação dessa promessa foi elaborada na Grécia no período em que viveu seu autor: entre 460 e 370 antes de Cristo.
Ajudem-me se eu estiver errado: onde, naquilo que está escrito originalmente em grego, está a promessa de atender absolutamente qualquer pessoa gratuitamente? Em que linha vocês encontraram o aviso de que o médico pode ser interpelado em situações sociais as mais diversas para dar uma “olhadinha” numa mancha de pele? Estava feita no juramento a promessa de que os médicos seriam pagos pelo governo grego ou por alguma cooperativa de seus colegas?
Sabem vocês, não médicos, o porquê da nossa indignação? Porque o Juramento de Hipócrates transformou-se no Juramento do SUS e é hoje “carta na manga” de todos aqueles que querem atacar os médicos brasileiros pela sua “falta de humanidade” e “indiferença com relação ao sofrimento”.
Hipócrates pertencia a um mundo e a uma época em que igualdade entre desiguais era considerada injusta. A democracia ateniense nada tinha em comum com o delírio estatístico que faculta o voto dos analfabetos e dos presidiários, que governa com Bolsa Família, ou que compreende que justa é a sociedade onde existe “saúde, educação e segurança”. O mundo grego não pretendia se dizer justo por ser democrático; ele era democrático porque pretendia ser justo e advirto ao leitor que não tente ver nessa minha frase um mero “jogo de palavras”...uma mera “pegadinha” como aquela feita pelos que perguntam quem veio antes – o ovo ou a galinha?
Atenas ensinou ao mundo que a busca da verdade começa com o indivíduo e com uma vida que preza o belo e o justo na sua escala mais íntima..mais pessoal. Nada de transcendente, de eterno ou de sagrado nasceu do convívio politico da pólis, mas do recolhimento e da vida privada capazes de mostrar o quão perigoso pode ser dar sentido à realidade a partir da opinião comum. A verdade que vem das massas é o apelo da paixão, da sensualidade e do apelo material da forma capaz de esconder aquilo que só o pensamento pode contemplar e é assim que ela, verdade, se perde no tempo...é assim que fica para trás ou é distorcida como foi feito com o que foi jurado pelos primeiros médicos gregos..
Levado aos usuários do SUS por uma imprensa covarde e citado num país governado pela ralé petista, o juramento de Hipócrates perdeu todo seu sentido: quem se forma em medicina faz o juramento de original. Quem chefia os médicos brasileiros no SUS, quem serve de orientador aos médicos cubanos ou dirige a saúde brasileira massacrando os colegas perante a opinião pública faz o Juramento dos que não foram suficientemente decentes para serem médicos nem completamente corruptos para entrar para política – o Juramento de Hipócritas.
Dedicado com muito carinho aos “colegas” do Ministério da Saúde..
PORTO ALEGRE, 11 DE ABRIL DE 2014.
A CONTRA-REVOLUÇÃO CULTURAL
Milton Pires
De todos os erros, arbitrariedades, prisões, desaparecimentos e torturas que possam ter sido cometidos pelo Regime Militar no Brasil, nenhum foi tão grave, por nenhum pagamos tanto até hoje, como àquele que diz respeito ao abandono da cultura no Brasil.
Entre 1964 e 1985 – tempo que durou o governo das Forças Armadas (FFAA) – a esquerda “pintou e bordou”com aquilo que pensavam os brasileiros à respeito da educação, segurança e saúde traduzindo sua hegemonia num discurso em que o adjetivo “social” somado a cada uma dessas palavras refletia a vitória do marxismo como cosmovisão..como forma de – muito mais do que governar – definir o que as pessoas deveriam pensar. Necessário é esclarecer como isso se fez lembrando que até muito recentemente não existiam no país nenhum dos chamados “movimentos sociais” que hoje tanto sucesso fazem em nome de praticamente qualquer causa. Reconhecer que o Partido dos Trabalhadores (PT) não nasce da união de movimento social algum mas que são exatamente esses movimentos e Organizações Não Governamentais (ONGS) que nascem do PT é, pois, fundamental para compreender corretamente o que se passou numa época em que as crianças guardavam o fogo simbólico nas escolas (durante a semana da Pátria) mas cantavam músicas de Chico Buarque nas aulas de Educação Moral e Cívica.
Não tenho, e espero que vocês também não, nenhuma dúvida sobre o valor e a importância daquilo que as FFAA fizeram em 1964. O Brasil foi salvo da implantação, pela força, de uma verdadeira Ditadura do Proletariado. Nenhuma mentira é, portanto, maior do que aquela que apresenta gente como José Dirceu, Dilma e Genoíno como defensores da democracia..como gente que foi presa e torturada tentando defender a “liberdade no Brasil”. Bem sabido já é, por aqueles que hoje se opõem ao PT no país, que tudo isso é mentira mas poucos percebem que essa gente só perdeu na disputa pelo poder enquanto que, no campo cultural, derrotou de forma vergonhosa tudo e todos que tentaram à ela se opor.
Cada vez que alguém tentar formar um novo partido político, movimento social ou marcha cujo fim seja derrubar o governo petista deverá ter sempre em mente, em primeiro lugar, o que descrevi nos parágrafos acima. O que sustenta esse regime de poder no Brasil já não é mais o dinheiro da cocaína das FARC ou escândalos de corrupção dentro das empresas públicas...Já não se precisa de fraudes em urnas eletrônicas nem programas de “bolsas” ou cotas para minorias. O PT tem hoje sua força e encontra seu maior apoio num sentimento de “vazio”...numa ausência total de esperança que impede todos nós de questionar se vivemos ou não no “melhor dos mundos possíveis”. Cada brasileiro de hoje assemelha-se àquele personagem de Voltaire que acreditava impossível ser evitar a repetição de desgraças que o destino lhe reservava. Imaginem, depois disso que escrevi, como deve ser olhado por seus pares, no que vai se transformar e que adjetivos há de receber, um candidato às eleições presidenciais de 2014 que ousar questionar a continuidade do SUS, do Programa Mais Médicos, do Bolsa Família e da infinidade de cotas e diretrizes de “assistência social” com os quais o partido envenenou a administração pública nacional. Compreendam pois, a gigantesca tarefa que tem pela frente todos que se propõem substituir essa gente e lembrem-se da urgência, da necessidade premente, de um renascimento cultural no Brasil...da construção de uma nova razão e de um pensamento críticos capazes de recuperar a liberdade de ideias e de livrar a nação da luta de classes em que foi mergulhada pelo Partido.
Em 1964, a intervenção militar foi um movimento contrarrevolucionário no sentido político; nunca no sentido completo que só lhe poderia dar um forte embasamento cultural. Toda esquerda brasileira passou mais de 20 anos se aproveitando desse erro e nos levou à desgraça que hoje vivemos. Mais do que nunca é chegada a hora da resposta...Resposta que nos exigirá tempo e paciência imensos, que não pode vir com a mudança de governo ou partido no poder, e que vencedora será fizermos surgir no país a Contra-revolução Cultural.
Dedicado ao trabalho pioneiro da Rádio Vox.
Porto Alegre, 21 de abril de 2014.
O PRIMEIRO CRIME DE GUERRA
Milton Pires
Em toda história da humanidade, em toda época e em qualquer tempo, jamais houve sociedade que deixasse de prever, por parte do seu ordenamento jurídico, o crime de “traição à Pátria”. Não nos interessa aqui o conceito de “Pátria”. Palavra tão batida..conceito tão vilipendiado, que perdeu já todo seu sentido. A noção que um brasileiro pode ter desse termo se confunde com a ideia de nacionalismo fanático, com a propaganda contra xenofobia e com a oposição ao regime militar – época em que ainda fazia algum sentido usá-la.
De todas as barbaridades que vem acontecendo no Brasil petista...de tudo que escandaliza e que choca..considerando-se os agentes cubanos disfarçados de médicos, a agenda gay nas escolas, a humilhação das religiões, ou a tragédia feita com as estatais..nada se compara àquilo que fez o Deputado Ney Lopes (PMDB-RN), autor do Projeto de Lei Complementar 276/02 que possibilita ao Ministro da Defesa e aos chefes das Forças Armadas autorizar o trânsito e a permanência temporária de forças estrangeiras no país.
Sob o argumento de que “o objetivo da medida é diminuir a burocracia envolvendo a autorização para a entrada de tropas, navios e aviões militares no país, uma vez que é frequente sua passagem de pelo espaço territorial brasileiro”, Lopes conseguiu agilizar os trâmites que vão permitir a presença, por exemplo, de policiais de Moçambique no RJ durante os jogos da Copa do Mundo.
Não encontro palavras para descrever a sensação de estupefação que tive ao ler essa notícia quando publicada pela própria Agência Brasil. Vergonha é o único termo que me ocorre no momento para definir o que essa anomalia política, essa substância corrupta que, conforme a água, toma a forma de seu recipiente e que se chama PMDB, fez com a soberania da nação. Não há um só almirante, general ou brigadeiro honrado que, se esse adjetivo merecem, possa nesse momento escapar da sensação de humilhação..do sentimento de vergonha e desmerecimento que a escória petista nesse momento lhes impõem. Não bastou a essa ralé humilhar os médicos, bater nos professores, aparelhar a polícia federal e levar fome ao Exército. Esses marginais precisam mais: eles querem garantir a segurança durante a Copa com militares estrangeiros...com o lixo socialista que agora vem de Moçambique para policiar cidadãos brasileiros.
Uma lição espero ser tirada desse fato..mais um na enorme lista de barbaridades que o Partido-Religião vem fazendo com os brasileiros: O PT jamais teve, tem ou vai ter absolutamente qualquer forma de respeito ou consideração com a Constituição Federal. Não vou perder tempo escrevendo sobre o que diz a Carta Magna sobre o poder de polícia em território nacional nem tão pouco sobre o emprego das Forças Armadas no nosso país. Nada disso interessa a esse maldito partido que superou o General Figueiredo quando o mesmo afirmou que preferia o cheiro de cavalo ao cheiro do povo. Ele ao menos fazia diferença entre os dois. O PT; nem disso é capaz mas sabe perfeitamente resguardar-se da crítica usando gente do PMDB para fazer o mais sujo de todos os trabalhos...para cumprir a mais vil das tarefas – aquela em que se precisa trair a Pátria perante o mundo todo e trazer policiais de fora para fazerem cumprir nossas próprias leis.
Em tempo de guerra, e em guerra estamos todos contra essa organização criminosa que governa o Brasil, traição é crime a ser punido com a pena capital. Em outro lugar e em outra época, um parasita como Ney Lopes seria preso e sumariamente fuzilado por abrir as portas do território nacional às forças inimigas. Desgraçados dos brasileiros, sequer em guerra percebem que estão e ainda dispensam honras e prerrogativas de deputado a esse que preso deveria estar.
Graças a Deus já não integro mais força militar alguma. Já me basta a humilhação de ser médico num pais cujo governo me considera – a mim e a meus colegas – como um ser sem “humanidade” suficiente para atender nossos próprios pacientes. Chegou agora a vez dos policiais e das nossas forças armadas levarem a sua cuspida na cara com o PT trazendo bandidos de Moçambique para fazer seu “trabalho sujo” durante a Copa. Inimigos continuam chegando ao país, mas dessa vez armados e com colaboração do nosso congresso..Traição é o nome que isso merece! Surge no Brasil o primeiro crime de guerra...
Dedicado ao amigo Rodrigo Simões Lemos Dias..
Porto Alegre, 24 de abril de 2014.
O BÊBADO E O EQUILIBRISTA – ENSAIO SOBRE A BEBEDEIRA
Milton Pires
De tudo que até hoje se escreveu a respeito da origem da filosofia, nenhuma explicação pode ser mais marcante, mais completa e verdadeira do que a que diz ter ela nascido da nossa capacidade de se espantar. Tão completa e abrangente, tão justa e simples parece essa proposição que inevitável seria pensar ser possível sua utilização em outras áreas do conhecimento. Nenhuma estranheza, portanto, causaria a afirmação de que o nível de consciência política de uma sociedade, sua capacidade de indignação e reação tem a mesma fonte da indagação filosófica: o espanto.
Aceitos os princípios acima, proponho agora uma inversão a ser aplicada, pelo menos, no território da consciência política do brasileiro mediano: afirmo ser o espanto, em determinados casos, a marca da nossa ignorância, da nossa imaturidade e da nossa apatia.
No último dia 26 de abril, Lula deu em Portugal declarações a uma jornalista que grande repercussão causaram. Sem maiores preocupações afirmou ter sido o julgamento da Ação Penal 470 “80% político e 20% jurídico” e disse ainda que que embora haja "companheiros do PT presos, não se trata de gente da sua confiança".
Nenhum interesse tenho aqui em discorrer sobre quem seja ou não da “confiança” de Lula. A declaração só foi importante num único sentido – na demonstração de indiferença, de superioridade e arrogância com que o Partido dos Trabalhadores trata a base da sustentação da “ordem e da paz pública” no Brasil: o Poder Judiciário. Mesmo assim, lembro mais uma vez ao leitor não ser esse o ponto “nevrálgico” dessas linhas e resumo o que quero apresentar na seguinte frase: “muito me espanta e decepciona o espanto de todos os outros ao ouvir de Lula tais palavras”. Nesses outros a que me refiro incluo o próprio Supremo Tribunal Federal e seus integrantes que agora, com ares de donzela chocada, repudiam as declarações criminosas do ex-presidente da República fingindo não saber que a característica fundamental da relação do PT com Estado de Direito sempre foi a promiscuidade. Inúmeras foram as vezes em que essa organização criminosa, disfarçada de partido político, deixou claro seu respeito à Constituição nas situações que lhe convém e sua indiferença e repúdio a tudo que reza a Lei quando contrariados foram os seus interesses.
A única e verdadeira lição a ser tirada sobre as declarações de Lula é que divide-se a opinião pública em duas partes: uma gigantesca e outra desprezível. Excluída a ínfima parcela de gente que sabe que o PT não precisa de sigilo sobre o que gasta, mas sobre aquilo que é, a outra (incluídos aí os juízes do STF) finge o “espanto dos primeiros filósofos” e vem a público indignada ou fingindo-se indignada com afirmações de pessoas que jamais deram qualquer importância ao Estado de Direito.
Em toda história do Brasil, não conheço episódio anterior em que um ex-presidente da República, em declarações em território estrangeiro, tenha feito pouco da justiça da Nação. Vindo de alguém que se preocupa em não causar “constrangimento” à Fidel Castro tocando no assunto dos prisioneiro políticos cubanos a declaração de Lula é uma cusparada na cara do país, uma vergonha para o STF e para todos os juízes brasileiros que agora, a exemplo dos médicos e dos policiais, são ridicularizados perante o mundo. Graças a Lula e ao PT o mundo hoje sabe que nossos médicos “precisam ser mais humanos”, nossos policiais “menos violentos” e que os nossos juízes precisam julgar “menos politicamente”.
A desgraça, a maior tragédia de tudo o que descrevi é que Lula continua em liberdade e seu partido, aproveitando-se de uma democracia doente, disputando eleições. O PT a tudo atravessa impávido, como aquele equilibrista de Nietzsche que, na corda bamba, estava acima do bem e do mal. No caso do Brasil é o Grande Alcoólatra que segue se “equilibrando” acima da inocência e da culpa; bêbados estamos todos nós..
Porto Alegre, 29 de abril de 2014.
ABANDONO HOSPITALAR
Milton Pires
De tudo aquilo que já foi escrito, inclusive por mim mesmo, a respeito da situação da saúde no Brasil, um aspecto há que vem passando despercebido: a condição dos pacientes internados nas enfermarias (não nas emergências ou corredores) dos hospitais públicos.
Formado há vinte anos e atuando hoje em dia exclusivamente dentro das unidades de terapia intensiva (UTI) eu venho assistindo um fato inacreditável: familiares dos pacientes internados, inicialmente em estado grave, e que agora estão prestes a sair da UTI pedindo aos médicos para mantê-los dentro daquelas unidades. Em outras palavras: solicitam que não recebam “alta” para os leitos de enfermaria comum.
A literatura médica a respeito das lembranças guardadas pelos pacientes sobre sua passagem pela UTI é muito clara. As pessoas costumam sempre se recordar de dor, sede, e medo além da contínua ansiedade provocada por alarmes de equipamentos e troca de equipes de trabalho. A perda da noção de tempo provocada pela interrupção do chamado ritmo circadiano faz com que os pacientes não saibam se orientar quanto ao dia e a noite. O sono é frequentemente interrompido pela administração de medicações e de procedimentos e a distância dos familiares – que só podem ser vistos nos horários de visita – é contínua. Em resumo: a experiência de passar por uma internação numa unidade dessas é sempre traumática do ponto de vista emocional.
Feitas as considerações acima, apelo agora ao leitor leigo..à pessoa que me lê sem ter qualquer formação na área médica, para que façam a si mesmas a seguinte pergunta: o que pode estar acontecendo nas enfermarias do SUS para que, depois de tudo aquilo que o Dr. Milton escreveu sobre o trauma de ser internado em estado grave numa UTI, uma pessoa e seus familiares ainda prefiram ficar lá ao invés de serem transferidas para unidades de internação (leito de enfermaria comum). Vou responder numa só palavra: abandono. Os pacientes estão cada vez mais sendo ABANDONADOS dentro dos hospitais públicos brasileiros que não tem sequer corpo clínico definido, onde é cada vez menor o interesse dos profissionais em se sobrecarregar com dez, vinte ou trinta pacientes internados sob sua responsabilidade e onde falta absolutamente tudo para atender as pessoas.
Quem passou, recentemente, pela experiência de ser internado pelo SUS em qualquer hospital do Brasil sabe que os dois únicos lugares em que há uma chance maior de ter contato com médicos são dentro dos serviços de emergência e dentro das unidades de terapia intensiva. Em outras áreas dos hospitais os pacientes estão sendo jogados a própria sorte e sendo, na melhor das hipóteses, assistidos diariamente por enfermeiras ou técnicos de enfermagem. Prescrições inteiras estão sendo copiadas e repetidas (muitas vezes com o simples toque de teclado) por médicos e médicas que sequer sabem quem são os pacientes. O médico está fingindo que atende, o governo brasileiro finge que paga o hospital, e as pessoas fingem que estão satisfeitas. A equação seria perfeita não fosse o fato de que a doença e a morte não foram convidadas para dela tomarem parte. Não se pode fingir nem criar pactos ou termos de “ajuste de conduta” com as intercorrências clínicas de uma pessoa que já está dentro do hospital e que fica semanas sem ser vista por médico algum depois de ter sido atendida no setor de emergência ou de terapia intensiva. A legião de picaretas que compõem hoje as chamadas “grades de internação” (grupo de médicos que vão ter pacientes internados sob sua responsabilidade nos hospitais do SUS) só vai se dar conta de que havia pacientes “baixados” e que deviam ser vistos diariamente quando precisa se defender na justiça depois de ser processada.
O SUS, meus amigos, é o sistema de saúde mais corrupto e injusto do mundo. Caiu como uma luva na mão do PT e vem, com todas as suas barbaridades, criando condições para o fim da medicina no Brasil e para construção de aberrações como o Programa Mais Médicos.
Uma das maiores lições que um médico pode tirar da profissão é que todo ser humano tem sempre medo de duas coisas na hora de morrer: morrer com dor e morrer sozinho. O maldito sistema de saúde perfeita do Brasil Petista criou mais um terror a ser experimentado pelos doentes: o Abandono Hospitalar
Porto Alegre, 5 de maio de 2014.
A MORTE DA IMPRENSA DE LIBERTAÇÃO
Milton Pires
Há muito que venho escrevendo sobre a situação política do Brasil sem fazer o devido “agradecimento” a um dos setores responsáveis pela sua manutenção: a imprensa.
Inicio, pois, aqui meu arrazoado..minha apreciação sobre o trabalho sujo desse que é um dos setores mais imundos do Brasil Petista – a grande imprensa do país
Dia sim dia não, nos são apresentadas nas machetes as “terríveis informações” sobre os gritos de “macacos” que foram escutados nos estádios de futebol. Subitamente leões são sequestrados e colocam a nação num estádio de angústia terrível e sentimos, nós mesmos, enjoos e tonturas se alguma participante do Big Brother Brasil engravidar.
Muito obrigado, jornalistas brasileiros ! Continuem com essas notícias e esqueçam a ligação do dinheiro roubado da PETROBRÁS com a Máfia Italiana...esqueçam o enriquecimento da família de Lula e o genocídio nessas imundícies que são os hospitais públicos.
Não há, em toda história ocidental recente, exemplo de uma imprensa tão suja quanto a do Brasil Petista. Vocês, seu bando de gayzistas, seus vegetarianos e anoréticas histéricas que não se depilam,seguem atravessando as noites nos plantões das redações da Zero Hora e da Folha de São Paulo...vocês, seus desgraçados, continuam desinformando a nação na mais suja de todas as guerras: a guerra pela liberdade de informação. É tão grave a situação que vocês criaram no Brasil, que hoje o país depende quase que exclusivamente de blogs e de opiniões de pessoas que sequer formadas em jornalismo são para se informar. Sabemos, vocês e eu, do dinheiro petista chegando aos proprietários dessas grandes empresas, não é? Sabemos que muitos de vocês são censurados dentro dos próprios jornais num governo civil e pelos donos desses grandes grupos que mamam tudo que podem nas tetas petistas, não sabemos? Foi ou não foi assim, seus desgraçados, que vocês calaram Rachel Sheherazade? Respondo agora eu mesmo: foi, sim!
Tenho, apesar disso, uma má notícia para todos vocês da “grande imprensa” - o dinheiro petista está acabando. O mundo inteiro está entrando em recessão. A China não consegue vender suas porcarias e o dinheiro da cocaína das FARC não é suficiente para manter o PT no governo sem apoio de certos Eikes Batistas. Vocês, que transformaram sessões inteiras de grandes jornais em consultórios de psicologia petista, tem seus dias contados! O dinheiro vai parar de chegar logo logo e, pior ainda, vão começar as cobranças de dívidas milionárias como aquela que a Globo tem com esses bandidos Definitivamente, meus amiguinhos da “imprensa do B”, o tempo está fechando pra vocês, não está ? Vocês, burros como sempre foram, repetiram o erro da Igreja Católica no início dos anos 80 quando ela aceitou se misturar com a ralé que governa o país hoje e que agora foi chutada e trocada por uma enorme parcela de protestantes. Bem feito pra vocês !
Salvem-se, seus miseráveis, enquanto tiverem tempo se quiserem manter um mínimo de credibilidade depois da passagem dessa gente pelo poder. Ninguém mais acredita em vocês e o Brasil que pensa prefere ler médicos escrevendo em blogs do que jornalistas ao vivo na televisão! Vocês, que fazem sua autocensura por dinheiro, vocês que tem essa necessidade histérica de correção política, tem seus dias contados com suas notícias de leões sequestrados, capivaras estupradas ou melancias jogadas em campos de golf..A hora está chegando para vocês...toda nossa mera possibilidade de informação verdadeira vocês já ajudaram a destruir, agora chegou o momento do fim do dinheiro ...
A Liberdade de Imprensa morreu; agora chegou a hora da morte da Imprensa de Libertação...
Porto Alegre, 9 de maio de 2014.
DEUS NOS AJUDE..
Milton Pires
“Não importa se o gato é preto ou branco, desde que ele pegue os ratos”. Inicio com essa frase, de Deng Xiaoping, o líder chinês que substituiu Mas Zedong no poder, esse breve texto sobre o utilitarismo e justifico esse esforço em virtude da emergência desse discurso entre um grande número de opositores ao PT no Brasil.
Diz Nicola Abbagnano no seu monumental Dicionário de Filosofia que, embora a identificação do bom com o útil remonte a Epicuro, o utilitarismo é uma corrente do pensamento ético, político e econômico inglês do séculos XVIII e XIX. Stuart Mill teria sido o primeiro a usar a palavra “utilitarista” no sentido de transformar a ética em ciência positiva da conduta humana. De uma maneira geral, poderia resumir-se o utilitarismo na ideia da “maior felicidade possível compartilhada pelo maior número possível de pessoas”. Embora não explícita nesse princípio, fácil é deduzir-se dele a mesma conclusão no seguinte axioma: “a menor infelicidade possível para o menor número possível de pessoas”. Parto pois, dessa última forma, para fazer a interligação necessária com a incipiente tentativa de oposição à ditadura petista no Brasil e para, desde já, dizer que tal apelo à “aritmética da felicidade” só nos pode levar ao fracasso.
Tenho conversado com pessoas muito sinceras e que, justificadamente desgostosas com o rumo do país, vem caindo na tentação do voto útil...no princípio do mal menor e na ideia da “redução de danos”. Insensivelmente o que fazem é aceitar uma espécie de “morte da filosofia política” pois comungam com o princípio geral que reza que “de todos os sistemas a democracia é o menos injusto e perigoso”. Tal afirmação não encontra respaldo na história recente e deveria nos fazer, imediatamente, recordar que a emergência do fenômeno totalitário no século XX deu-se em virtude de uma democracia doente onde, antes de tudo , uma visão quantificável, científica e supostamente racional dos problemas humanos possibilitou encontrar no modelo de Estado ou de Raça Superior a solução para o problema da felicidade na Terra.
Encontra-se o Brasil Petista num estado de “desespero filosófico”. Nada mais restou do pensamento nacional que seja capaz de encontrar na história um sentido de ordenamento transcendental que tantas vezes Eric Voegelin mostrou faltar à moderna ciência política. Renasce pois, entre os brasileiros do século XXI, a teoria requentada da “redução de danos” em que admite-se o voto útil, a utilização de verbas para cultura conforme os planos do partido, e a censura silenciosa dos meios de comunicação em massa em que, calada uma apresentadora de telejornal, retornam os subsídios do governo petista à empresa que deles precisa.
Há nas palavras acima, um sério aviso...uma advertência velada no que se refere ao pensamento utilitário e que muitas vezes despercebida passa para aquele que se aventura em seus princípios. Todo utilitarismo é, meus amigos, em certa medida uma espécie de “consequencialismo”...uma forma de posicionamento moral na qual admite-se que uma ação pode, sendo praticada originalmente com má intenção, levar à consequências “boas”. Num certo sentido, aceita-se pois dentro do pensamento utilitário, a ideia de que “os fins justificam os meios” - frase que certamente teria entra seus apoiadores homens como Adolf Hitler e Josef Stalin.
Sem ter a mínima ideia a respeito de quais as soluções para livrar o Brasil do governo criminoso do PT, encerro pois esse breve arrazoado como severa advertência àqueles que pensam que, independentemente da cor, o gato precisa matar os ratos de qualquer maneira. Antes de “soltar o gato” é bom ter certeza de que não se trata um filhote de tigre ...que vai crescer e um dia matar o seu próprio tratador. O Brasil está, há décadas, cheio de ratos...nós não temos gato algum...e agora não sabemos mais sequer a diferença entre um gato e um filhote de tigre...Deus nos ajude...
Porto Alegre, 11 de maio de 2014
A POBREZA DOS RICOS
Milton Pires
De todos os critérios que até hoje foram usados para estabelecer semelhanças e diferenças entre pessoas dentro de uma sociedade, a cultura segue causando espanto àqueles que apelam às contas bancárias e aos hectares de terra para definir o que é uma “elite”. Em outras palavras: é possível dizer que continua-se, automaticamente, utilizando a economia e as riquezas materiais como supremo padrão de igualdade e, acima de tudo, de justiça de uma nação.
Não é fácil nem simples a desconstrução desse discurso. Homens alimentam-se de pão; não de ideias e um apelo a uma lógica diferente imediatamente desperta criticas que podem ser resumidas numa espécie de “antiplatonismo”...ou de apelo àquilo que querem, os filósofos marxistas, chamar de “mundo real”.
Para alívio dos marxistas de plantão digo, logo no início desse ensaio, que pouco interesse tenho em escrever sobre a estrutura da realidade ou suas formas de percepção. O tema aqui é, antes de tudo, o homem e o “enfoque” (nunca gostei dessa palavra) é a sua definição como tal. O que é, pois, o homem? Respondo eu mesmo: o homem é, dentre os seres vivos, o único capaz de “fazer história”...de perceber na sua existência um legado capaz de transcender sua permanência nesse mundo e de, sabendo que vai morrer, deixar algo que pode permanecer no tempo.
Decorre do exposto acima que algo há, na passagem do homem por este mundo, de perene naquilo que ele deixa. Em cada grande pintura, em cada gigantesca catedral ou sinfonia, o que permanece é a ideia de um tempo..é uma representação, muitas vezes inconsciente ou pré-verbal, daquilo que impressiona o espírito de um gênio e que se materializa numa obra que, muito mais tarde, vai ser considerada “prima”. Necessário é, portanto, entender que a verdadeira riqueza de uma época ou de um país está nisso que chamei de “espírito” de determinadas pessoas...nessa capacidade de fazer história e de deixar algo que há de permanecer para eternidade e que é essa, somente essa, a verdadeira “riqueza de uma nação”.
Escrevi tudo isso com um objetivo que há, agora, de se revelar muito singelo: dizer que não existem mais “ricos” no Brasil. Terminou, meus amigos, nossa capacidade de fazer história e terminou não pelo fim, cada vez mais próximo, de uma época da economia mundial que o PT deixou escapar pela sua incompetência e pelo seu delírio revolucionário – terminou em função da destruição total da cultura brasileira. Nós, brasileiros, nos distinguimos apenas por nossas posses; não por nossos pensamentos e, desgraçadamente, celebramos isso como o paraíso da democracia.
Enquanto escrevo, centenas de habitantes dos bairros mais “privilegiados” do Rio de Janeiro ou de São Paulo, escutam a todo volume o mesmo lixo cantado aos berros nos bailes funks dessas grandes cidades. Enquanto eu durmo, alguma “artista” plástica com um tubo de spray colorido nas mãos, picha telas da mesma maneira que os usuários de crack fazem com os muros de Porto Alegre e depois as vende por altíssimo preço chamando isso de “arte”. Está nesses fatos a prova do andamento e da vitória, quase completa, da verdadeira revolução brasileira – a Revolução Cultural. Essa foi a verdadeira e gigantesca obra que essa organização criminosa chamada Partido dos Trabalhadores colocou em andamento no Brasil e que está pronta muito antes do início da Copa do Mundo. Nenhum sucesso na luta contra esses bandidos vai ter aquele que não conseguir entender o que escrevi e que continuar “medindo” as pessoas de acordo com aquilo que ganham, com aquilo que vestem ou com aquilo que compram. Essa época, meus amigos, acabou faz tempo – quem procura socialismo por aí está buscando um cavalo com chifres ou um cachorro com asas.
A desgraça, a verdadeira tragédia provocada pelo PT no Brasil, aconteceu no campo do pensamento..Dinheiro deixou de ser importante faz tempo: chegou a época da Pobreza dos Ricos.
Ao meu amigo Everaldo Wanderlei Uavniczak e ao Movimento Reação
Porto Alegre, 17 de maio de 2014.
Milton Pires
Eu não sou petista por que acredito:
1. No Esforço; não na Inveja.
2. No Trabalhador; não no Sindicato.
3. Na Ciência; não no Aquecimento Global.
4. No Ser Humano; não na Cor da Pele.
5. Na Música; não na Obscenidade.
6. Na Literatura; não na Autoajuda.
7. Na Pintura; não na Esquizofrenia.
8. Na Mulher; não na “Diferença de Gênero”
9. Na Medicina; não nas Eleições.
10. No Filosofia; não no Fanatismo.
Eu não sou petista, porque acredito que toda Caridade se faz em silêncio...que a verdadeira Justiça não é desse Mundo, e que longe de Deus não há Salvação...
Porto Alegre, 14 de março de 2014
O EXÉRCITO COM FOME
Milton Pires
A proximidade da data que comemora os 50 anos da Intervenção Militar de 1964 e nova edição da Marcha da Família seguem aquecendo, pelo menos nas redes sociais, o debate sobre o eventual papel das Forças Armadas (FFAA) na manutenção da democracia no país. Quando escrevi “O Exército Fantasma” deixei clara minha opinião a respeito do erro que se faz ao colocar a pergunta em termos de “vontade” de tomar o poder no país. Procurei mostrar que não há, para as FFAA, outra alternativa que não seja fazer isso ou desaparecer. Nesse artigo, quando eu escrever “Exército”, peço que os leitores considerem o conjunto das três forças: Marinha, Exército e Aeronáutica.
O que me leva novamente a abordar o tema é o fato de que, em alguns debates nas redes sociais, tenha sido levantada a hipótese de transformação do Exército Brasileiro(EB) num exército revolucionário. Mencionou-se a estratégia gramsciana e o “aparelhamento” dessa força como mecanismos capazes de transformar o EB num exército como o chinês ou o cubano. Sobre isso afirmo o seguinte: é possível subornar, corromper ou até mesmo comprar o EB...é possível sufocá-lo deixando-o sem mantimentos e munição e até – como eu já deixei claro no artigo anterior que vai acontecer – extingui-lo, mas não é possível fazer dele um Exército Revolucionário. Toda história recente dos grandes exércitos comunistas (soviético, chinês, cubano e norte-coreano) mostra uma gênese, uma formação completamente diferente. Todas essas forças que menciono entre parênteses nasceram “dentro da revolução”; não depois dela. Para entender isso que escrevi e compreender a diferença com o Brasil, necessário é aceitar que aqui a revolução já aconteceu. O PT já está no poder e não conta, ele mesmo, com o EB como garantia de seu projeto de poder. Toda representação armada, todo “acoplamento” existente entre poder político e militar que existe no Brasil hoje se dá exclusivamente entre o PT, os militantes de uma guerrilha camponesa disfarçada de movimento social (MST) e uma massa carcerária de meio milhão de condenados e usuários de drogas que estão dentro dos presídios brasileiros.
Tomando como exemplo aquilo que aconteceu na China, lembro que o Exército de Libertação nasceu do que foi o 8ºExército Revolucionário – força militar que atravessou o país na Grande Marcha combatendo não só os japoneses como os nacionalistas de Chiang Kai-shek. Recordando a Revolução Cubana, eu peço a vocês que considerem a Tomada do Quartel de Moncada como evento que, depois, deu origem ao grupo que formaria a Guerrilha de Sierra Maestra e mais tarde o Exército de Fidel Castro. Nada disso é passível de acontecer no Brasil e o PT sabe perfeitamente do que estou falando. É por isso que o plano desse partido não é converter o EB ao comunismo; mas destruí-lo...sufocá-lo aos poucos em termos de verbas enquanto aumenta cada vez mais no país o poder da Força de Segurança Nacional.
Para terminar, e no que toca a Marcha do próximo sábado, 22 de março, afirmo que o EB não estará junto com os manifestantes, que pouco ou praticamente nada disso que escrevi aqui faz sentido ao Exército e não fará até que ele sinta na própria pele a verdade sobre o que estou escrevendo..até que ,além da munição,faltem médicos nos quartéis..até que comecem a fechar, um depois do outro os Colégios Militares...até que o Exército se torne, irreversivelmente, um Exército com Fome.
“Publique-se. Intime-se”
Porto Alegre, 18 de março de 2014.
CRONOLOGIA
Milton Pires
1964 – Fica claro às Forças Armadas (FFAA) que membros do Movimento Revolucionário que atuavam no Brasil desde 1961 pretendem implantar no país um regime comunista. As FFAA deixam os pracinhas e a Guerra do Paraguai pra trás e tomam o poder.
1966 – Ocorre o primeiro grande ato violento dos revolucionários: o atentado no Aeroporto de Guararapes. A inteligência do ExércitoBrasileiro, depois de ser informada pela CIA, descobre que bombas matam e machucam muito as pessoas.
1967-68 – Membros da luta armada, por ordem do General Golbery do Couto e Silva, são presos na Ilha Grande (RJ) com os primeiros traficantes de maconha do país. A luta armada sofre repressão efetiva e seus militantes optam pela luta cultural e pela “tomada do poder por dentro”. Fica mais fácil fazer revolução tomando chope e escutando bossa nova do que levando tiro de fuzil.
1980 – Treze anos depois dessas prisões em 67, o submundo do sindicalismo associado ao tráfico de drogas no país e à Universidade funda a maior organização criminosa da história política do Brasil – o Partido dos Trabalhadores. O pensamento brasileiro sofre traumatismo craniano e o país entra em coma intelectual.
1990 – Dez anos depois do PT “nascer”. Lula e Fidel Castro criam um órgão que vai transformar aquilo que era um plano de poder para o Brasil em plano para toda América do Sul – o Foro de São Paulo. Nasce um câncer chamado SUS e avança o “Direito Alternativo”
2003 – Dez anos depois do Foro de SP, a organização criminosa conhecida como PT chega ao Poder Federal no Brasil. Fora da veadagem, do Aquecimento Global e da “não internação” dos viciados em crack não há salvação.
2005 – Fica claro, para todo Brasil, através do Mensalão, que a organização criminosa é uma organização criminosa. A situação é tão grave que a “verdade está na boca dos bandidos” (Roberto Jefferson)
2013 – O PT inunda o Brasil com médicos cubanos. Apesar dos vinhos,ternos caros e loiras lindas, as pessoas se dão conta de que o PT “não mudou”Ele foi, é, e sempre será um Partido Revolucionário. Se o comunismo não morreu, “foi sacanagem ter enterrado ele com vida”..
Março de 2014 - As pessoas, até porque são brasileiras, “decidem” que entre março e outubro de 2104 vão mudar com passeatas, caminhadas, marchas e cartazes ou seja lá o que for, tudo isso que eu descrevi e que levou 50 anos para acontecer !
Dedicado às crianças da primeira do ensino fundamental
Porto Alegre, 21 de março de 2014.
50 ANOS DEPOIS
Milton Pires
31 de março de 1964: Há 50 anos atrás as Forças Armadas (FFAA) tomavam o poder no Brasil. Cansado como estou de escutar as reportagens..os depoimentos e os documentários..Esgotado com as entrevistas daqueles que “sobreviveram” à prisão e às torturas, farto de escutar uma única versão eu hoje aqui vou me dirigir à “esquerda”...aos bravos combatentes da luta armada que mais tarde ajudaram a formar o PT e restaurar, como querem fazer crer, a normalidade da vida institucional no país.
Muito eu poderia escrever no sentido de revelar quem vocês na verdade são..no intuito de relatar o que fizeram e o que disseram que fariam. De tudo que me ocorre, tenho como mais importante deixar uma só mensagem, lançar uma só pedra que, com o peso e tamanho de uma montanha, há de os colocar no devido lugar quando as futuras gerações a vocês se referirem. Vocês, seus mentirosos, seus covardes assassinos, jamais em momento algum lutaram pela democracia no Brasil. O que os movia era a intenção de implantar aqui o comunismo. Derrotados, vocês mudaram de tática, mas jamais de objetivo final. Cada deputado subornado, cada refinaria velha comprada no estrangeiro é a manifestação do mesmo fenômeno passado, do mesmo fanatismo hediondo que os levou a matar, roubar, fraudar e sequestrar tudo e todos de quem vocês se aproximaram! Deus me livre de viver num país que encontra em vocês o ideal de herói, a noção de mártir e o conceito de bravura. Que cada criança brasileira com acesso a internet e ao Google possa, olhando fotos em preto e branco dos anos 60, encontrá-los em fotografias com Mao Zedong, Fidel Castro e Che Guevara..Que todas elas tenham acesso aos dois lados de uma história cujo único narrador hoje é a organização criminosa que vocês fundaram 16 anos depois da intervenção militar e que, com o nome de “Partido dos Trabalhadores”, arrasta o Brasil em direção à Venezuela. Que todo aquele que, comovido e assistindo ao Jornal Nacional, vendo pessoas sendo presas e tanques desfilando, lembre daqueles que perderam a vida nos atentados que vocês perpetraram no Aeroporto de Guararapes, nos bancos das grandes cidades ou nas matas do Araguaia e entenda que os militares se apropriaram do poder; vocês do direito de contar a história do país..
Vermes como vocês, que em 68 falavam na “vontade do povo”..que em 72 diziam lutar pela “democracia” são hoje aqueles que roubam o futuro das nossas crianças com seu gayzismo histérico ensinado nas escolas públicas...que matam os doentes nos hospitais públicos de onde roubam tudo que podem e que reduzem os policiais brasileiros à definição de bandidos fardados a ser vendida nos jornais que vocês controlam! Vocês, seus miseráveis, não merecem homenagem alguma do país..ninguém lhes deve pedido de perdão nenhum e o lugar de vocês na história é a lata de lixo reservada aos assassinos como Stalin, Fidel e Mao que, sendo heróis de vocês, não o são do povo que desgraçadamente vocês governam.
As desculpas pedidas hoje por José Eduardo Cardozo, ministro por vocês escolhido para defender a Justiça no Brasil, nada significam para gente simples..para o povo humilde que acredita em Deus, que reza pela família, que é contra o casamento gay e que nada sabe ou quer saber sobre a fraude do aquecimento global. Recomendo a vocês divulgar pesquisas sobre que “roupas usar para que uma mulher não seja violentada” e celebrar sempre a luta do passado, bandidos petistas, pois o presente não convém a vocês e o futuro não se pode fraudar...mesmo 50 anos depois..
Porto Alegre, 31 de março de 2014.
PENSAR ANTES DE AGIR
Milton Pires
Quando terminou a redação de “A Condição Humana” Hannah Arendt fez questão de deixar claro o quão perigoso era o fato dos pensadores de uma sociedade acreditarem na liberdade de ideias como algo intocável. Salientou que, na vigência de um regime totalitário, muitas vezes o agir pode ser perigosamente mais fácil do que o pensar.
Essa semana, uma pesquisa do IBOPE mostrou algo que, até onde sei, não tem precedentes na história política brasileira: a queda nas pesquisas de um determinado candidato oficial do governo (Dilma) favorecendo a subida de um candidato não oficial (Lula) do mesmo governo na mesma eleição. É tão grande a desgraça da política brasileira...é tão miserável e anêmica a capacidade de se fazer oposição ao PT que os institutos de pesquisas não tem sequer pudor de apresentar dois candidatos do mesmo partido como alternativa aos entrevistados! O PT é algo tão grande...tão forte são seus valores (ou a falta deles) na vida política do Brasil que ele tornou-se governo e oposição ao mesmo tempo. Em certo sentido é como se pudéssemos dizer dessa gente aquilo que se dizia da Igreja na Idade Média e mudar a frase para “Fora do PT não há salvação”
Apesar daquilo que escrevi acima, gostaria de deixar aqui um aviso para aqueles que pensam que é exatamente o “mesmo PT” que volta com um eventual retorno de Lula ou com a permanência de Dilma no poder. Nada no PT poder ser ou permanecer o mesmo..Acreditar nisso seria incorrer no grave erro de entender que trata-se de um partido como outro qualquer e isso não é, de modo algum, verdadeiro.
A capacidade do PT de convencer um segmento importantíssimo do empresariado nacional, de conter as eventuais críticas de uma imprensa medíocre e de doutrinar a universidade brasileira já não é mais a mesma. O panorama geopolítico do mundo após a invasão da Criméia e o afastamento da Rússia do restante da Europa ocorrem exatamente numa época em que acaba um recente ciclo econômico do qual os dois governos de Lula foram beneficiários e do qual o governo Dilma assiste o fim. Permanecendo no governo em 2015 o partido há de enfrentar condições econômicas que, através da inflação e da recessão, hão de ter consequências políticas extremamente severas para quem quer continuar, depois de onze anos, mentindo para população brasileira. Não é possível negar, nesse contexto, que um endurecimento político, que um apelo populista maior ainda do que o produzido por médicos cubanos, pela euforia da Copa do Mundo, ou das Olimpíadas será necessário para que um governo totalitário como o petista atravesse mais quatro anos até 2018. O aparelhamento total do Supremo Tribunal Federal, novas tentativas de comprar o Congresso e um endurecimento da censura serão necessários na nova ordem petista de 2015.
Em maio próximo há de ocorrer aquele que vem sendo considerado como fato político o ano: a viagem do presidente Vladimir Putin à China. Da rodada de conversações que serão realizadas pouca dúvida resta a respeito do estreitamento das relações e de um fortalecimento maior ainda daquilo que vem sendo chamado de bloco russo-chinês em termos de visão globalista de poder. Não será possível ao Brasil, país que depois do século XXI tornou-se uma espécie de líder da “turma do deixa disso” nos conflitos internacionais, permanecer neutro nesse contexto e ignorar a pressão do Estados Unidos.
De tudo que escrevi aqui ficam, no meu entendimento, as seguintes conclusões: 1. as eleições que se aproximam nada mais são do que uma eleição “dentro do PT” 2. é patético acreditar que o PT, no seu delírio revolucionário, é um partido como outro qualquer e que, com Lula ou Dilma em 2015, o Brasil será o mesmo. 3. O mundo 2015 há de ser, do ponto de vista econômico e geopolítico, bastante diferente desse em que vivemos.
Sei que o Partido-Religião conhece essas minhas conclusões, que está tomando suas providências e que aproximam-se tempos sombrios..Mais do que nunca é hora de pensar antes de agir.
Porto Alegre, 7 de abril de 2014.
DANDO A LUZ AO PT
Milton Pires
Valesca dos Santos (Rio de Janeiro, 6 de outubro de 1978), mais conhecida pelo nome artístico de “Valesca Popozuda” ou apenas Valesca, é uma cantora, compositora, produtora e empresária brasileira. Foi vocalista do grupo feminino “Gaiola das Popozudas” entre 2000 e 2012 até a metade de 2013, sendo uma das responsáveis por tornar o funk carioca dissipado e conhecido em todo o Brasil. Em 2013 lançou-se em carreira solo com a canção "Beijinho no Ombro", que atingiu a décima segunda posição na Billboard Brasil.
Esse primeiro parágrafo é uma das maravilhas permitidas pelo famoso Ctrl+C. Tudo o que fiz foi isso: entrar na Wikipédia para saber, afinal de contas, alguma coisa a respeito dessa moça, copiar e iniciar o texto. O que vou escrever a seguir nada se relaciona com ela e muito pouco diz respeito a isso que vem sendo chamado de funk music. A ideia aqui é bem diferente: Antonio Kubitschek é o nome do professor que elaborou uma prova de filosofia da Escola de Ensino Médio 3, no Distrito Federal, e nela havia uma questão que chamava Valesca Popozuda de "grande pensadora contemporânea" - sobre isso eu acho que faz sentido escrever.
Antes de começar gostaria de chamar a atenção para uma atitude da própria Valesca que, segundo o Jornal O Globo, se disse “muito honrada” pela citação em uma prova de filosofia. Tal gesto reflete, ao meu ver, a sensação de estranhamento, a ideia de distância de uma pessoa que, independente do seu caráter ou de sua atividade profissional, jamais imaginou pertencer, ela mesma, ao mundo da alta cultura ou dos grandes pensadores. Em outras palavras eu diria o seguinte: mesmo sem ter conversado com Valesca ou com o “professor de filosofia” que fez a questão, eu imagino que nenhum dos dois se conhecia antes disso e que a moça jamais quis ser citada nem pediu ou pagou ninguém para que a letra de sua música se tornasse uma pergunta de prova.
Fácil seria escrever dizendo que não existe mais pensamento crítico no Brasil. Isso eu já fiz antes e se o fizesse novamente aqui, nesse artigo, correria o risco de passar àquele que lê a impressão do temido discurso “moralista”, “conservador” ou “reacionário” daqueles que acreditam num ensino de filosofia “distanciado da realidade” e “vinculado às elites.” Nada sei sobre ensinar filosofia. Sequer graduado sou nessa área do conhecimento e o que escrevo não tem relação com a minha condição de médico. É como brasileiro que tento me expressar...é como alguém que não perdeu (ainda) a noção da realidade e que tem perfeitamente guardada a distinção entre a alta cultura e a vulgaridade..entre a arte e o apelo comercial. Acredito ter como parceira nessa empreitada a própria Valesca dos Santos que, no seu sentimento de lisonja, revelou toda estupefação de quem jamais pretendeu ser fonte de reflexão alguma..e que na sua gratidão revela a ingenuidade de quem foi usada por mais um militante petista dentro da educação brasileira.
Não tenho, nem nunca tive, qualquer procuração para defender os pensadores desse país. Não conheço Valesca e nada sei do seu caráter. Não gosto daquilo que ela canta, mas isso nada tem a ver com o ensino de filosofia no Brasil. Digo apenas que a própria filosofia nasceu da “capacidade do espanto”... da curiosidade sobre o mundo, sobre o sentido da vida e de como vivê-la da melhor e mais justa forma. O questionamento sobre a verdadeira arte e sobre a noção do belo somaram-se à essas primeiras indagações dos gregos e vem atravessando o tempo como objeto de investigação filosófica.
Tudo o que se faz hoje em termos culturais é reflexo de um Brasil em que não há mais espanto algum..em que a própria noção do belo desapareceu e onde a vulgaridade, o apelo rasteiro à sexualidade, e ao sucesso comercial são aquilo que restou. Nem Valesca nem a maioria dos artistas que cantam o tipo de música que ela celebra pretenderam jamais ser mais do que isso. A crise moral ou cultural não começou com eles; começou dentro das Universidades e das escolas que se entregaram completamente ao domínio de um Partido Político e a um projeto de poder no qual o belo e o justo são o que servem à Revolução..
Valesca e os MC's dos bailes funks nasceram no mesmo país que deu ao mundo a música de Villa- Lobos, a pintura de Portinari, e a escultura do Aleijadinho. Toda tragédia do pensamento brasileiro não está nos bailes das favelas do Rio de Janeiro; está na Educação que, em nome de um delírio revolucionário, acabou com a distância que havia entre o juízo crítico e a obscenidade cultural dos mais pobres. Nossa miséria continua original: segue autêntica e sem pretensão alguma. Ela nunca se “prostituiu” como como disseram que Valesca fez.
Nada seria mais justo do que o funk brasileiro agradecer cantando nas suas letras a “filosofia vagabunda” da nossa Universidade. Valesca, queiram ou não, continua sendo verdadeira, mas a nossa cultura foi estuprada num baile em 1968, engravidou da revolução e morreu dando à luz ao PT.
Porto Alegre, 9 de abril de 2014.
O JURAMENTO DE HIPÓCRITAS
Milton Pires
“Juro por Apolo Médico, por Esculápio, por Higí por Panaceia e por todos os Deuses e Deusas que acato este juramento e que o procurarei cumprir com todas as minhas forças físicas e intelectuais.
Honrarei o professor que me ensinar esta arte como os meus próprios pais; partilharei com ele os alimentos e auxiliá-lo-ei nas suas carências.
Estimarei os filhos dele como irmãos e, se quiserem aprender esta arte, ensiná-la-ei sem contrato ou remuneração.
A partir de regras, lições e outros processos ensinarei o conhecimento global da medicina, tanto aos meus filhos e aos daquele que me ensinar, como aos alunos abrangidos por contrato e por juramento médico, mas a mais ninguém.
A vida que professar será para benefício dos doentes e para o meu próprio bem, nunca para prejuízo deles ou com malévolos propósitos.
Mesmo instado, não darei droga mortífera nem a aconselharei; também não darei pessário abortivo às mulheres.
Guardarei castidade e santidade na minha vida e na minha profissão.
Operarei os que sofrem de cálculos, mas só em condições especiais; porém, permitirei que esta operação seja feita pelos praticantes nos cadáveres.
Em todas as casas em que entrar, fá-lo-ei apenas para benefício dos doentes, evitando todo o mal voluntário e a corrupção, especialmente a sedução das mulheres, dos homens, das crianças e dos servos.
Sobre aquilo que vir ou ouvir respeitante à vida dos doentes, no exercício da minha profissão ou fora dela, e que não convenha que seja divulgado, guardarei silêncio como um segredo religioso.
Se eu respeitar este juramento e não o violar, serei digno de gozar de reputação entre os homens em todos os tempos; se o transgredir ou violar que me aconteça o contrário.”
Peço desculpas ao leitor se começo o texto assim, mas não teríamos nós, médicos brasileiros, outra chance de descrever o que sentimos quando partem daqueles que atendemos as perguntas cujas bases vem da indagação - “onde fica o seu juramento, doutor?”
Tudo que está escrito no primeiro parágrafo é aquilo que jurei em 1994 quando me formei em Medicina. A redação dessa promessa foi elaborada na Grécia no período em que viveu seu autor: entre 460 e 370 antes de Cristo.
Ajudem-me se eu estiver errado: onde, naquilo que está escrito originalmente em grego, está a promessa de atender absolutamente qualquer pessoa gratuitamente? Em que linha vocês encontraram o aviso de que o médico pode ser interpelado em situações sociais as mais diversas para dar uma “olhadinha” numa mancha de pele? Estava feita no juramento a promessa de que os médicos seriam pagos pelo governo grego ou por alguma cooperativa de seus colegas?
Sabem vocês, não médicos, o porquê da nossa indignação? Porque o Juramento de Hipócrates transformou-se no Juramento do SUS e é hoje “carta na manga” de todos aqueles que querem atacar os médicos brasileiros pela sua “falta de humanidade” e “indiferença com relação ao sofrimento”.
Hipócrates pertencia a um mundo e a uma época em que igualdade entre desiguais era considerada injusta. A democracia ateniense nada tinha em comum com o delírio estatístico que faculta o voto dos analfabetos e dos presidiários, que governa com Bolsa Família, ou que compreende que justa é a sociedade onde existe “saúde, educação e segurança”. O mundo grego não pretendia se dizer justo por ser democrático; ele era democrático porque pretendia ser justo e advirto ao leitor que não tente ver nessa minha frase um mero “jogo de palavras”...uma mera “pegadinha” como aquela feita pelos que perguntam quem veio antes – o ovo ou a galinha?
Atenas ensinou ao mundo que a busca da verdade começa com o indivíduo e com uma vida que preza o belo e o justo na sua escala mais íntima..mais pessoal. Nada de transcendente, de eterno ou de sagrado nasceu do convívio politico da pólis, mas do recolhimento e da vida privada capazes de mostrar o quão perigoso pode ser dar sentido à realidade a partir da opinião comum. A verdade que vem das massas é o apelo da paixão, da sensualidade e do apelo material da forma capaz de esconder aquilo que só o pensamento pode contemplar e é assim que ela, verdade, se perde no tempo...é assim que fica para trás ou é distorcida como foi feito com o que foi jurado pelos primeiros médicos gregos..
Levado aos usuários do SUS por uma imprensa covarde e citado num país governado pela ralé petista, o juramento de Hipócrates perdeu todo seu sentido: quem se forma em medicina faz o juramento de original. Quem chefia os médicos brasileiros no SUS, quem serve de orientador aos médicos cubanos ou dirige a saúde brasileira massacrando os colegas perante a opinião pública faz o Juramento dos que não foram suficientemente decentes para serem médicos nem completamente corruptos para entrar para política – o Juramento de Hipócritas.
Dedicado com muito carinho aos “colegas” do Ministério da Saúde..
PORTO ALEGRE, 11 DE ABRIL DE 2014.
A CONTRA-REVOLUÇÃO CULTURAL
Milton Pires
De todos os erros, arbitrariedades, prisões, desaparecimentos e torturas que possam ter sido cometidos pelo Regime Militar no Brasil, nenhum foi tão grave, por nenhum pagamos tanto até hoje, como àquele que diz respeito ao abandono da cultura no Brasil.
Entre 1964 e 1985 – tempo que durou o governo das Forças Armadas (FFAA) – a esquerda “pintou e bordou”com aquilo que pensavam os brasileiros à respeito da educação, segurança e saúde traduzindo sua hegemonia num discurso em que o adjetivo “social” somado a cada uma dessas palavras refletia a vitória do marxismo como cosmovisão..como forma de – muito mais do que governar – definir o que as pessoas deveriam pensar. Necessário é esclarecer como isso se fez lembrando que até muito recentemente não existiam no país nenhum dos chamados “movimentos sociais” que hoje tanto sucesso fazem em nome de praticamente qualquer causa. Reconhecer que o Partido dos Trabalhadores (PT) não nasce da união de movimento social algum mas que são exatamente esses movimentos e Organizações Não Governamentais (ONGS) que nascem do PT é, pois, fundamental para compreender corretamente o que se passou numa época em que as crianças guardavam o fogo simbólico nas escolas (durante a semana da Pátria) mas cantavam músicas de Chico Buarque nas aulas de Educação Moral e Cívica.
Não tenho, e espero que vocês também não, nenhuma dúvida sobre o valor e a importância daquilo que as FFAA fizeram em 1964. O Brasil foi salvo da implantação, pela força, de uma verdadeira Ditadura do Proletariado. Nenhuma mentira é, portanto, maior do que aquela que apresenta gente como José Dirceu, Dilma e Genoíno como defensores da democracia..como gente que foi presa e torturada tentando defender a “liberdade no Brasil”. Bem sabido já é, por aqueles que hoje se opõem ao PT no país, que tudo isso é mentira mas poucos percebem que essa gente só perdeu na disputa pelo poder enquanto que, no campo cultural, derrotou de forma vergonhosa tudo e todos que tentaram à ela se opor.
Cada vez que alguém tentar formar um novo partido político, movimento social ou marcha cujo fim seja derrubar o governo petista deverá ter sempre em mente, em primeiro lugar, o que descrevi nos parágrafos acima. O que sustenta esse regime de poder no Brasil já não é mais o dinheiro da cocaína das FARC ou escândalos de corrupção dentro das empresas públicas...Já não se precisa de fraudes em urnas eletrônicas nem programas de “bolsas” ou cotas para minorias. O PT tem hoje sua força e encontra seu maior apoio num sentimento de “vazio”...numa ausência total de esperança que impede todos nós de questionar se vivemos ou não no “melhor dos mundos possíveis”. Cada brasileiro de hoje assemelha-se àquele personagem de Voltaire que acreditava impossível ser evitar a repetição de desgraças que o destino lhe reservava. Imaginem, depois disso que escrevi, como deve ser olhado por seus pares, no que vai se transformar e que adjetivos há de receber, um candidato às eleições presidenciais de 2014 que ousar questionar a continuidade do SUS, do Programa Mais Médicos, do Bolsa Família e da infinidade de cotas e diretrizes de “assistência social” com os quais o partido envenenou a administração pública nacional. Compreendam pois, a gigantesca tarefa que tem pela frente todos que se propõem substituir essa gente e lembrem-se da urgência, da necessidade premente, de um renascimento cultural no Brasil...da construção de uma nova razão e de um pensamento críticos capazes de recuperar a liberdade de ideias e de livrar a nação da luta de classes em que foi mergulhada pelo Partido.
Em 1964, a intervenção militar foi um movimento contrarrevolucionário no sentido político; nunca no sentido completo que só lhe poderia dar um forte embasamento cultural. Toda esquerda brasileira passou mais de 20 anos se aproveitando desse erro e nos levou à desgraça que hoje vivemos. Mais do que nunca é chegada a hora da resposta...Resposta que nos exigirá tempo e paciência imensos, que não pode vir com a mudança de governo ou partido no poder, e que vencedora será fizermos surgir no país a Contra-revolução Cultural.
Dedicado ao trabalho pioneiro da Rádio Vox.
Porto Alegre, 21 de abril de 2014.
O PRIMEIRO CRIME DE GUERRA
Milton Pires
Em toda história da humanidade, em toda época e em qualquer tempo, jamais houve sociedade que deixasse de prever, por parte do seu ordenamento jurídico, o crime de “traição à Pátria”. Não nos interessa aqui o conceito de “Pátria”. Palavra tão batida..conceito tão vilipendiado, que perdeu já todo seu sentido. A noção que um brasileiro pode ter desse termo se confunde com a ideia de nacionalismo fanático, com a propaganda contra xenofobia e com a oposição ao regime militar – época em que ainda fazia algum sentido usá-la.
De todas as barbaridades que vem acontecendo no Brasil petista...de tudo que escandaliza e que choca..considerando-se os agentes cubanos disfarçados de médicos, a agenda gay nas escolas, a humilhação das religiões, ou a tragédia feita com as estatais..nada se compara àquilo que fez o Deputado Ney Lopes (PMDB-RN), autor do Projeto de Lei Complementar 276/02 que possibilita ao Ministro da Defesa e aos chefes das Forças Armadas autorizar o trânsito e a permanência temporária de forças estrangeiras no país.
Sob o argumento de que “o objetivo da medida é diminuir a burocracia envolvendo a autorização para a entrada de tropas, navios e aviões militares no país, uma vez que é frequente sua passagem de pelo espaço territorial brasileiro”, Lopes conseguiu agilizar os trâmites que vão permitir a presença, por exemplo, de policiais de Moçambique no RJ durante os jogos da Copa do Mundo.
Não encontro palavras para descrever a sensação de estupefação que tive ao ler essa notícia quando publicada pela própria Agência Brasil. Vergonha é o único termo que me ocorre no momento para definir o que essa anomalia política, essa substância corrupta que, conforme a água, toma a forma de seu recipiente e que se chama PMDB, fez com a soberania da nação. Não há um só almirante, general ou brigadeiro honrado que, se esse adjetivo merecem, possa nesse momento escapar da sensação de humilhação..do sentimento de vergonha e desmerecimento que a escória petista nesse momento lhes impõem. Não bastou a essa ralé humilhar os médicos, bater nos professores, aparelhar a polícia federal e levar fome ao Exército. Esses marginais precisam mais: eles querem garantir a segurança durante a Copa com militares estrangeiros...com o lixo socialista que agora vem de Moçambique para policiar cidadãos brasileiros.
Uma lição espero ser tirada desse fato..mais um na enorme lista de barbaridades que o Partido-Religião vem fazendo com os brasileiros: O PT jamais teve, tem ou vai ter absolutamente qualquer forma de respeito ou consideração com a Constituição Federal. Não vou perder tempo escrevendo sobre o que diz a Carta Magna sobre o poder de polícia em território nacional nem tão pouco sobre o emprego das Forças Armadas no nosso país. Nada disso interessa a esse maldito partido que superou o General Figueiredo quando o mesmo afirmou que preferia o cheiro de cavalo ao cheiro do povo. Ele ao menos fazia diferença entre os dois. O PT; nem disso é capaz mas sabe perfeitamente resguardar-se da crítica usando gente do PMDB para fazer o mais sujo de todos os trabalhos...para cumprir a mais vil das tarefas – aquela em que se precisa trair a Pátria perante o mundo todo e trazer policiais de fora para fazerem cumprir nossas próprias leis.
Em tempo de guerra, e em guerra estamos todos contra essa organização criminosa que governa o Brasil, traição é crime a ser punido com a pena capital. Em outro lugar e em outra época, um parasita como Ney Lopes seria preso e sumariamente fuzilado por abrir as portas do território nacional às forças inimigas. Desgraçados dos brasileiros, sequer em guerra percebem que estão e ainda dispensam honras e prerrogativas de deputado a esse que preso deveria estar.
Graças a Deus já não integro mais força militar alguma. Já me basta a humilhação de ser médico num pais cujo governo me considera – a mim e a meus colegas – como um ser sem “humanidade” suficiente para atender nossos próprios pacientes. Chegou agora a vez dos policiais e das nossas forças armadas levarem a sua cuspida na cara com o PT trazendo bandidos de Moçambique para fazer seu “trabalho sujo” durante a Copa. Inimigos continuam chegando ao país, mas dessa vez armados e com colaboração do nosso congresso..Traição é o nome que isso merece! Surge no Brasil o primeiro crime de guerra...
Dedicado ao amigo Rodrigo Simões Lemos Dias..
Porto Alegre, 24 de abril de 2014.
O BÊBADO E O EQUILIBRISTA – ENSAIO SOBRE A BEBEDEIRA
Milton Pires
De tudo que até hoje se escreveu a respeito da origem da filosofia, nenhuma explicação pode ser mais marcante, mais completa e verdadeira do que a que diz ter ela nascido da nossa capacidade de se espantar. Tão completa e abrangente, tão justa e simples parece essa proposição que inevitável seria pensar ser possível sua utilização em outras áreas do conhecimento. Nenhuma estranheza, portanto, causaria a afirmação de que o nível de consciência política de uma sociedade, sua capacidade de indignação e reação tem a mesma fonte da indagação filosófica: o espanto.
Aceitos os princípios acima, proponho agora uma inversão a ser aplicada, pelo menos, no território da consciência política do brasileiro mediano: afirmo ser o espanto, em determinados casos, a marca da nossa ignorância, da nossa imaturidade e da nossa apatia.
No último dia 26 de abril, Lula deu em Portugal declarações a uma jornalista que grande repercussão causaram. Sem maiores preocupações afirmou ter sido o julgamento da Ação Penal 470 “80% político e 20% jurídico” e disse ainda que que embora haja "companheiros do PT presos, não se trata de gente da sua confiança".
Nenhum interesse tenho aqui em discorrer sobre quem seja ou não da “confiança” de Lula. A declaração só foi importante num único sentido – na demonstração de indiferença, de superioridade e arrogância com que o Partido dos Trabalhadores trata a base da sustentação da “ordem e da paz pública” no Brasil: o Poder Judiciário. Mesmo assim, lembro mais uma vez ao leitor não ser esse o ponto “nevrálgico” dessas linhas e resumo o que quero apresentar na seguinte frase: “muito me espanta e decepciona o espanto de todos os outros ao ouvir de Lula tais palavras”. Nesses outros a que me refiro incluo o próprio Supremo Tribunal Federal e seus integrantes que agora, com ares de donzela chocada, repudiam as declarações criminosas do ex-presidente da República fingindo não saber que a característica fundamental da relação do PT com Estado de Direito sempre foi a promiscuidade. Inúmeras foram as vezes em que essa organização criminosa, disfarçada de partido político, deixou claro seu respeito à Constituição nas situações que lhe convém e sua indiferença e repúdio a tudo que reza a Lei quando contrariados foram os seus interesses.
A única e verdadeira lição a ser tirada sobre as declarações de Lula é que divide-se a opinião pública em duas partes: uma gigantesca e outra desprezível. Excluída a ínfima parcela de gente que sabe que o PT não precisa de sigilo sobre o que gasta, mas sobre aquilo que é, a outra (incluídos aí os juízes do STF) finge o “espanto dos primeiros filósofos” e vem a público indignada ou fingindo-se indignada com afirmações de pessoas que jamais deram qualquer importância ao Estado de Direito.
Em toda história do Brasil, não conheço episódio anterior em que um ex-presidente da República, em declarações em território estrangeiro, tenha feito pouco da justiça da Nação. Vindo de alguém que se preocupa em não causar “constrangimento” à Fidel Castro tocando no assunto dos prisioneiro políticos cubanos a declaração de Lula é uma cusparada na cara do país, uma vergonha para o STF e para todos os juízes brasileiros que agora, a exemplo dos médicos e dos policiais, são ridicularizados perante o mundo. Graças a Lula e ao PT o mundo hoje sabe que nossos médicos “precisam ser mais humanos”, nossos policiais “menos violentos” e que os nossos juízes precisam julgar “menos politicamente”.
A desgraça, a maior tragédia de tudo o que descrevi é que Lula continua em liberdade e seu partido, aproveitando-se de uma democracia doente, disputando eleições. O PT a tudo atravessa impávido, como aquele equilibrista de Nietzsche que, na corda bamba, estava acima do bem e do mal. No caso do Brasil é o Grande Alcoólatra que segue se “equilibrando” acima da inocência e da culpa; bêbados estamos todos nós..
Porto Alegre, 29 de abril de 2014.
ABANDONO HOSPITALAR
Milton Pires
De tudo aquilo que já foi escrito, inclusive por mim mesmo, a respeito da situação da saúde no Brasil, um aspecto há que vem passando despercebido: a condição dos pacientes internados nas enfermarias (não nas emergências ou corredores) dos hospitais públicos.
Formado há vinte anos e atuando hoje em dia exclusivamente dentro das unidades de terapia intensiva (UTI) eu venho assistindo um fato inacreditável: familiares dos pacientes internados, inicialmente em estado grave, e que agora estão prestes a sair da UTI pedindo aos médicos para mantê-los dentro daquelas unidades. Em outras palavras: solicitam que não recebam “alta” para os leitos de enfermaria comum.
A literatura médica a respeito das lembranças guardadas pelos pacientes sobre sua passagem pela UTI é muito clara. As pessoas costumam sempre se recordar de dor, sede, e medo além da contínua ansiedade provocada por alarmes de equipamentos e troca de equipes de trabalho. A perda da noção de tempo provocada pela interrupção do chamado ritmo circadiano faz com que os pacientes não saibam se orientar quanto ao dia e a noite. O sono é frequentemente interrompido pela administração de medicações e de procedimentos e a distância dos familiares – que só podem ser vistos nos horários de visita – é contínua. Em resumo: a experiência de passar por uma internação numa unidade dessas é sempre traumática do ponto de vista emocional.
Feitas as considerações acima, apelo agora ao leitor leigo..à pessoa que me lê sem ter qualquer formação na área médica, para que façam a si mesmas a seguinte pergunta: o que pode estar acontecendo nas enfermarias do SUS para que, depois de tudo aquilo que o Dr. Milton escreveu sobre o trauma de ser internado em estado grave numa UTI, uma pessoa e seus familiares ainda prefiram ficar lá ao invés de serem transferidas para unidades de internação (leito de enfermaria comum). Vou responder numa só palavra: abandono. Os pacientes estão cada vez mais sendo ABANDONADOS dentro dos hospitais públicos brasileiros que não tem sequer corpo clínico definido, onde é cada vez menor o interesse dos profissionais em se sobrecarregar com dez, vinte ou trinta pacientes internados sob sua responsabilidade e onde falta absolutamente tudo para atender as pessoas.
Quem passou, recentemente, pela experiência de ser internado pelo SUS em qualquer hospital do Brasil sabe que os dois únicos lugares em que há uma chance maior de ter contato com médicos são dentro dos serviços de emergência e dentro das unidades de terapia intensiva. Em outras áreas dos hospitais os pacientes estão sendo jogados a própria sorte e sendo, na melhor das hipóteses, assistidos diariamente por enfermeiras ou técnicos de enfermagem. Prescrições inteiras estão sendo copiadas e repetidas (muitas vezes com o simples toque de teclado) por médicos e médicas que sequer sabem quem são os pacientes. O médico está fingindo que atende, o governo brasileiro finge que paga o hospital, e as pessoas fingem que estão satisfeitas. A equação seria perfeita não fosse o fato de que a doença e a morte não foram convidadas para dela tomarem parte. Não se pode fingir nem criar pactos ou termos de “ajuste de conduta” com as intercorrências clínicas de uma pessoa que já está dentro do hospital e que fica semanas sem ser vista por médico algum depois de ter sido atendida no setor de emergência ou de terapia intensiva. A legião de picaretas que compõem hoje as chamadas “grades de internação” (grupo de médicos que vão ter pacientes internados sob sua responsabilidade nos hospitais do SUS) só vai se dar conta de que havia pacientes “baixados” e que deviam ser vistos diariamente quando precisa se defender na justiça depois de ser processada.
O SUS, meus amigos, é o sistema de saúde mais corrupto e injusto do mundo. Caiu como uma luva na mão do PT e vem, com todas as suas barbaridades, criando condições para o fim da medicina no Brasil e para construção de aberrações como o Programa Mais Médicos.
Uma das maiores lições que um médico pode tirar da profissão é que todo ser humano tem sempre medo de duas coisas na hora de morrer: morrer com dor e morrer sozinho. O maldito sistema de saúde perfeita do Brasil Petista criou mais um terror a ser experimentado pelos doentes: o Abandono Hospitalar
Porto Alegre, 5 de maio de 2014.
A MORTE DA IMPRENSA DE LIBERTAÇÃO
Milton Pires
Há muito que venho escrevendo sobre a situação política do Brasil sem fazer o devido “agradecimento” a um dos setores responsáveis pela sua manutenção: a imprensa.
Inicio, pois, aqui meu arrazoado..minha apreciação sobre o trabalho sujo desse que é um dos setores mais imundos do Brasil Petista – a grande imprensa do país
Dia sim dia não, nos são apresentadas nas machetes as “terríveis informações” sobre os gritos de “macacos” que foram escutados nos estádios de futebol. Subitamente leões são sequestrados e colocam a nação num estádio de angústia terrível e sentimos, nós mesmos, enjoos e tonturas se alguma participante do Big Brother Brasil engravidar.
Muito obrigado, jornalistas brasileiros ! Continuem com essas notícias e esqueçam a ligação do dinheiro roubado da PETROBRÁS com a Máfia Italiana...esqueçam o enriquecimento da família de Lula e o genocídio nessas imundícies que são os hospitais públicos.
Não há, em toda história ocidental recente, exemplo de uma imprensa tão suja quanto a do Brasil Petista. Vocês, seu bando de gayzistas, seus vegetarianos e anoréticas histéricas que não se depilam,seguem atravessando as noites nos plantões das redações da Zero Hora e da Folha de São Paulo...vocês, seus desgraçados, continuam desinformando a nação na mais suja de todas as guerras: a guerra pela liberdade de informação. É tão grave a situação que vocês criaram no Brasil, que hoje o país depende quase que exclusivamente de blogs e de opiniões de pessoas que sequer formadas em jornalismo são para se informar. Sabemos, vocês e eu, do dinheiro petista chegando aos proprietários dessas grandes empresas, não é? Sabemos que muitos de vocês são censurados dentro dos próprios jornais num governo civil e pelos donos desses grandes grupos que mamam tudo que podem nas tetas petistas, não sabemos? Foi ou não foi assim, seus desgraçados, que vocês calaram Rachel Sheherazade? Respondo agora eu mesmo: foi, sim!
Tenho, apesar disso, uma má notícia para todos vocês da “grande imprensa” - o dinheiro petista está acabando. O mundo inteiro está entrando em recessão. A China não consegue vender suas porcarias e o dinheiro da cocaína das FARC não é suficiente para manter o PT no governo sem apoio de certos Eikes Batistas. Vocês, que transformaram sessões inteiras de grandes jornais em consultórios de psicologia petista, tem seus dias contados! O dinheiro vai parar de chegar logo logo e, pior ainda, vão começar as cobranças de dívidas milionárias como aquela que a Globo tem com esses bandidos Definitivamente, meus amiguinhos da “imprensa do B”, o tempo está fechando pra vocês, não está ? Vocês, burros como sempre foram, repetiram o erro da Igreja Católica no início dos anos 80 quando ela aceitou se misturar com a ralé que governa o país hoje e que agora foi chutada e trocada por uma enorme parcela de protestantes. Bem feito pra vocês !
Salvem-se, seus miseráveis, enquanto tiverem tempo se quiserem manter um mínimo de credibilidade depois da passagem dessa gente pelo poder. Ninguém mais acredita em vocês e o Brasil que pensa prefere ler médicos escrevendo em blogs do que jornalistas ao vivo na televisão! Vocês, que fazem sua autocensura por dinheiro, vocês que tem essa necessidade histérica de correção política, tem seus dias contados com suas notícias de leões sequestrados, capivaras estupradas ou melancias jogadas em campos de golf..A hora está chegando para vocês...toda nossa mera possibilidade de informação verdadeira vocês já ajudaram a destruir, agora chegou o momento do fim do dinheiro ...
A Liberdade de Imprensa morreu; agora chegou a hora da morte da Imprensa de Libertação...
Porto Alegre, 9 de maio de 2014.
DEUS NOS AJUDE..
Milton Pires
“Não importa se o gato é preto ou branco, desde que ele pegue os ratos”. Inicio com essa frase, de Deng Xiaoping, o líder chinês que substituiu Mas Zedong no poder, esse breve texto sobre o utilitarismo e justifico esse esforço em virtude da emergência desse discurso entre um grande número de opositores ao PT no Brasil.
Diz Nicola Abbagnano no seu monumental Dicionário de Filosofia que, embora a identificação do bom com o útil remonte a Epicuro, o utilitarismo é uma corrente do pensamento ético, político e econômico inglês do séculos XVIII e XIX. Stuart Mill teria sido o primeiro a usar a palavra “utilitarista” no sentido de transformar a ética em ciência positiva da conduta humana. De uma maneira geral, poderia resumir-se o utilitarismo na ideia da “maior felicidade possível compartilhada pelo maior número possível de pessoas”. Embora não explícita nesse princípio, fácil é deduzir-se dele a mesma conclusão no seguinte axioma: “a menor infelicidade possível para o menor número possível de pessoas”. Parto pois, dessa última forma, para fazer a interligação necessária com a incipiente tentativa de oposição à ditadura petista no Brasil e para, desde já, dizer que tal apelo à “aritmética da felicidade” só nos pode levar ao fracasso.
Tenho conversado com pessoas muito sinceras e que, justificadamente desgostosas com o rumo do país, vem caindo na tentação do voto útil...no princípio do mal menor e na ideia da “redução de danos”. Insensivelmente o que fazem é aceitar uma espécie de “morte da filosofia política” pois comungam com o princípio geral que reza que “de todos os sistemas a democracia é o menos injusto e perigoso”. Tal afirmação não encontra respaldo na história recente e deveria nos fazer, imediatamente, recordar que a emergência do fenômeno totalitário no século XX deu-se em virtude de uma democracia doente onde, antes de tudo , uma visão quantificável, científica e supostamente racional dos problemas humanos possibilitou encontrar no modelo de Estado ou de Raça Superior a solução para o problema da felicidade na Terra.
Encontra-se o Brasil Petista num estado de “desespero filosófico”. Nada mais restou do pensamento nacional que seja capaz de encontrar na história um sentido de ordenamento transcendental que tantas vezes Eric Voegelin mostrou faltar à moderna ciência política. Renasce pois, entre os brasileiros do século XXI, a teoria requentada da “redução de danos” em que admite-se o voto útil, a utilização de verbas para cultura conforme os planos do partido, e a censura silenciosa dos meios de comunicação em massa em que, calada uma apresentadora de telejornal, retornam os subsídios do governo petista à empresa que deles precisa.
Há nas palavras acima, um sério aviso...uma advertência velada no que se refere ao pensamento utilitário e que muitas vezes despercebida passa para aquele que se aventura em seus princípios. Todo utilitarismo é, meus amigos, em certa medida uma espécie de “consequencialismo”...uma forma de posicionamento moral na qual admite-se que uma ação pode, sendo praticada originalmente com má intenção, levar à consequências “boas”. Num certo sentido, aceita-se pois dentro do pensamento utilitário, a ideia de que “os fins justificam os meios” - frase que certamente teria entra seus apoiadores homens como Adolf Hitler e Josef Stalin.
Sem ter a mínima ideia a respeito de quais as soluções para livrar o Brasil do governo criminoso do PT, encerro pois esse breve arrazoado como severa advertência àqueles que pensam que, independentemente da cor, o gato precisa matar os ratos de qualquer maneira. Antes de “soltar o gato” é bom ter certeza de que não se trata um filhote de tigre ...que vai crescer e um dia matar o seu próprio tratador. O Brasil está, há décadas, cheio de ratos...nós não temos gato algum...e agora não sabemos mais sequer a diferença entre um gato e um filhote de tigre...Deus nos ajude...
Porto Alegre, 11 de maio de 2014
A POBREZA DOS RICOS
Milton Pires
De todos os critérios que até hoje foram usados para estabelecer semelhanças e diferenças entre pessoas dentro de uma sociedade, a cultura segue causando espanto àqueles que apelam às contas bancárias e aos hectares de terra para definir o que é uma “elite”. Em outras palavras: é possível dizer que continua-se, automaticamente, utilizando a economia e as riquezas materiais como supremo padrão de igualdade e, acima de tudo, de justiça de uma nação.
Não é fácil nem simples a desconstrução desse discurso. Homens alimentam-se de pão; não de ideias e um apelo a uma lógica diferente imediatamente desperta criticas que podem ser resumidas numa espécie de “antiplatonismo”...ou de apelo àquilo que querem, os filósofos marxistas, chamar de “mundo real”.
Para alívio dos marxistas de plantão digo, logo no início desse ensaio, que pouco interesse tenho em escrever sobre a estrutura da realidade ou suas formas de percepção. O tema aqui é, antes de tudo, o homem e o “enfoque” (nunca gostei dessa palavra) é a sua definição como tal. O que é, pois, o homem? Respondo eu mesmo: o homem é, dentre os seres vivos, o único capaz de “fazer história”...de perceber na sua existência um legado capaz de transcender sua permanência nesse mundo e de, sabendo que vai morrer, deixar algo que pode permanecer no tempo.
Decorre do exposto acima que algo há, na passagem do homem por este mundo, de perene naquilo que ele deixa. Em cada grande pintura, em cada gigantesca catedral ou sinfonia, o que permanece é a ideia de um tempo..é uma representação, muitas vezes inconsciente ou pré-verbal, daquilo que impressiona o espírito de um gênio e que se materializa numa obra que, muito mais tarde, vai ser considerada “prima”. Necessário é, portanto, entender que a verdadeira riqueza de uma época ou de um país está nisso que chamei de “espírito” de determinadas pessoas...nessa capacidade de fazer história e de deixar algo que há de permanecer para eternidade e que é essa, somente essa, a verdadeira “riqueza de uma nação”.
Escrevi tudo isso com um objetivo que há, agora, de se revelar muito singelo: dizer que não existem mais “ricos” no Brasil. Terminou, meus amigos, nossa capacidade de fazer história e terminou não pelo fim, cada vez mais próximo, de uma época da economia mundial que o PT deixou escapar pela sua incompetência e pelo seu delírio revolucionário – terminou em função da destruição total da cultura brasileira. Nós, brasileiros, nos distinguimos apenas por nossas posses; não por nossos pensamentos e, desgraçadamente, celebramos isso como o paraíso da democracia.
Enquanto escrevo, centenas de habitantes dos bairros mais “privilegiados” do Rio de Janeiro ou de São Paulo, escutam a todo volume o mesmo lixo cantado aos berros nos bailes funks dessas grandes cidades. Enquanto eu durmo, alguma “artista” plástica com um tubo de spray colorido nas mãos, picha telas da mesma maneira que os usuários de crack fazem com os muros de Porto Alegre e depois as vende por altíssimo preço chamando isso de “arte”. Está nesses fatos a prova do andamento e da vitória, quase completa, da verdadeira revolução brasileira – a Revolução Cultural. Essa foi a verdadeira e gigantesca obra que essa organização criminosa chamada Partido dos Trabalhadores colocou em andamento no Brasil e que está pronta muito antes do início da Copa do Mundo. Nenhum sucesso na luta contra esses bandidos vai ter aquele que não conseguir entender o que escrevi e que continuar “medindo” as pessoas de acordo com aquilo que ganham, com aquilo que vestem ou com aquilo que compram. Essa época, meus amigos, acabou faz tempo – quem procura socialismo por aí está buscando um cavalo com chifres ou um cachorro com asas.
A desgraça, a verdadeira tragédia provocada pelo PT no Brasil, aconteceu no campo do pensamento..Dinheiro deixou de ser importante faz tempo: chegou a época da Pobreza dos Ricos.
Ao meu amigo Everaldo Wanderlei Uavniczak e ao Movimento Reação
Porto Alegre, 17 de maio de 2014.
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