Pessoas inteligentes que gostam da verdade

24 de agosto de 2012

O futuro que a Rússia e seus aliados nos prometem


     
 Aleksandr Dugin
(mentor do Vladimir Putin)
  






 

O EXERCITO RUSSO E A POPULAÇÃO RUSSA ESTÁ DESEJANDO A VOLTA DO IMPÉRIO SOVIÉTICO, MAS SOB NOVO ASPECTO.

  






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O futuro que a Rússia e seus aliados nos prometem


O prof. Duguin propõe o Império Eurasiano e reconstrói toda a história do mundo como se fosse a longa preparação para o advento dessa coisa linda. É um revolucionário como outro qualquer. Apenas, imensamente mais pretensioso.

O prof. Alexandre Duguin, à testa da elite intelectual russa que hoje molda a política internacional do governo Putin, diz que o grande plano da sua nação é restaurar o sentido hierárquico dos valores espirituais que a modernidade soterrou. Para pessoas de mentalidade religiosa, chocadas com a vulgaridade brutal da vida moderna, a proposta pode soar bem atraente. Só que a realização da idéia passa por duas etapas. Primeiro é preciso destruir o Ocidente, pai de todos os males, mediante uma guerra mundial, fatalmente mais devastadora que as duas anteriores. Depois será instaurado o Império Mundial Eurasiano sob a liderança da Santa Mãe Rússia. Quanto ao primeiro tópico: a "salvação pela destruição" é um dos chavões mais constantes do discurso revolucionário. A Revolução Francesa prometeu salvar a França pela destruição do Antigo Regime: trouxe-a de queda em queda até à condição de potência de segunda classe. A Revolução Mexicana prometeu salvar o México pela destruição da Igreja Católica: transformou-o num fornecedor de drogas para o mundo e de miseráveis para a assistência social americana. A Revolução Russa prometeu salvar a Rússia pela destruição do capitalismo: transformou-a num cemitério. A Revolução Chinesa prometeu salvar a China pela destruição da cultura burguesa: transformou-a num matadouro. A Revolução Cubana prometeu salvar Cuba pela destruição dos usurpadores imperialistas: transformou-a numa prisão de mendigos. Os positivistas brasileiros prometeram salvar o Brasil mediante a destruição da monarquia: acabaram com a única democracia que havia no continente e jogaram o país numa sucessão de golpes e ditaduras que só acabou em 1988 para dar lugar a uma ditadura modernizada com outro nome.
Agora o prof. Duguin promete salvar o mundo pela destruição do Ocidente. Sinceramente, prefiro não saber o que vem depois. A mentalidade revolucionária, com suas promessas auto-adiáveis, tão prontas a se transformar nas suas contrárias com a cara mais inocente do mundo, é o maior flagelo que já se abateu sobre a humanidade. Suas vítimas, de 1789 até hoje, não estão abaixo de trezentos milhões de pessoas - mais que todas as epidemias, catástrofes naturais e guerras entre nações mataram desde o início dos tempos. A essência do seu discurso, como creio já ter demonstrado, é a inversão do sentido do tempo: inventar um futuro e reinterpretar à luz dele, como se fosse premissa certa e arquiprovada, o presente e o passado. Inverter o processo normal do conhecimento, passando a entender o conhecido pelo desconhecido, o certo pelo duvidoso, o categórico pelo hipotético. É a falsificação estrutural, sistemática, obsediante, hipnótica. O prof. Duguin propõe o Império Eurasiano e reconstrói toda a história do mundo como se fosse a longa preparação para o advento dessa coisa linda. É um revolucionário como outro qualquer. Apenas, imensamente mais pretensioso. 
  
Quanto ao Império Mundial Eurasiano, com um pólo oriental sustentado nos países islâmicos, no Japão e na China, e um pólo ocidental no eixo Paris-Berlim-Moscou, não é de maneira alguma uma idéia nova. Stalin acalentou esse projeto e fez tudo o que podia para realizá-lo, só fracassando porque não conseguiu, em tempo, criar uma frota marítima com as dimensões requeridas para realizá-lo. Ele errou no timing: dizia que os EUA não passariam dos anos 80. Quem não passou foi a URSS.
Como o prof. Duguin adorna o projeto com o apelo aos valores espirituais e religiosos, em lugar do internacionalismo proletário que legitimava as ambições de Stálin, parece lógico admitir que a nova versão do projeto imperial russo é algo como um stalinismo de direita.
Mas a coisa mais óbvia no governo russo é que seus ocupantes são os mesmos que dominavam o país no tempo do comunismo. 
  

Substancialmente, é o pessoal da KGB (ou FSB, que a mudança periódica de nomes jamais mudou a natureza dessa instituição). Pior ainda, é a KGB com poder brutalmente ampliado: de um lado, se no regime comunista havia um agente da polícia secreta para cada 400 cidadãos, hoje há um para cada 200, caracterizando a Rússia, inconfundivelmente, como Estado policial; de outro, o rateio das propriedades estatais entre agentes e colaboradores da polícia política, que se transformaram da noite para o dia em "oligarcas" sem perder seus vínculos de submissão à KGB, concede a esta entidade o privilégio de atuar no Ocidente, sob camadas e camadas de disfarces, com uma liberdade de movimentos que seria impensável no tempo de Stalin ou de Kruschev.

Ideologicamente, o eurasismo é diferente do comunismo. Mas ideologia, como definia o próprio Karl Marx, é apenas um "vestido de idéias" a encobrir um esquema de poder. O esquema de poder na Rússia trocou de vestido, mas continua o mesmo - com as mesmas pessoas nos mesmos lugares, exercendo as mesmas funções, com as mesmas ambições totalitárias de sempre.

O Império Eurasiano promete-nos uma guerra mundial e, como resultado dela, uma ditadura global. Alguns de seus adeptos chegam a chamá-lo "o Império do Fim", uma evocação claramente apocalíptica. Só esquecem de observar que o último império antes do Juízo Final não será outra coisa senão o Império do Anticristo.


FIM.


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AGORA ASSISTA AS EXPLICAÇÕES SOBRE O GLOBALISMO E SOBRE O MOVIMENTO EURASIANO RUSSO CHINÊS IDEALIZADO PELO PROFESSOR ALEKSANDR DUGIN:
  
http://www.youtube.com/watch?v=_SjJqxB-IVE

   



VEJA COMO O IMPÉRIO RUSSO CHINÊS DA EURÁSIA ESTÁ EM FRANCA EXPANÇÃO NO MUNDO
 
http://www.youtube.com/watch?v=v8RNoKo6j64

http://www.youtube.com/watch?v=NSOweC5bZaU


http://www.youtube.com/watch?v=XpjT7JcPXNg

http://www.youtube.com/watch?v=xn-ooX7Kff4

http://www.youtube.com/watch?v=K8ncoM_p_1w


  




A EURÁSIA PRETENDE DOMINAR O MUNDO TODO.
OS PAÍSES SUL AMERICANOS ESTÃO TODOS ENVOLVIDOS NO ESQUEMA.

http://www.youtube.com/watch?v=_G5J_HkakgI


http://www.youtube.com/watch?v=A2hVWpRKswY

http://www.youtube.com/watch?v=Ao5jKCiYsNI

http://www.youtube.com/watch?v=5ORWiiZ3BLQ


http://www.youtube.com/watch?v=AENhmOIvSI0

http://www.youtube.com/watch?v=gSeVzkpOQf8

http://www.youtube.com/watch?v=p35z2bOpp_8


http://www.youtube.com/watch?v=kypI7IdT8RM

http://www.youtube.com/watch?v=pVe1OqoVlBc

http://www.youtube.com/watch?v=NW6bCP19lOA


http://www.youtube.com/watch?v=djFfd4OSF08

http://www.youtube.com/watch?v=HtPWMTTF6ac

http://www.youtube.com/watch?v=qB7kZW2Y-qI


http://www.youtube.com/watch?v=lUKbNMurw20

http://www.youtube.com/watch?v=T32aO1eAi2g

http://www.youtube.com/watch?v=UUbIfHW1UNc


http://www.youtube.com/watch?v=0RSsKtkmErI

http://www.youtube.com/watch?v=2OfPcTHZ2QE

http://www.youtube.com/watch?v=M1HK61SqMmU


http://www.youtube.com/watch?v=JO6Geqg76yM

http://www.youtube.com/watch?v=IMipmILkC4g

http://www.youtube.com/watch?v=oBXgpTt_JB8


http://www.youtube.com/watch?v=PQzeynBZlfw

http://www.youtube.com/watch?v=VZQDRYHgJY0

http://www.youtube.com/watch?v=G6T-Xgir4iY


http://www.youtube.com/watch?v=GAXzicwhcHI

http://www.youtube.com/watch?v=a-kocHMe4u4

http://www.youtube.com/watch?v=Gfs0O8UlQOI


http://www.youtube.com/watch?v=18OKwu3fICg

http://www.youtube.com/watch?v=eUPlQITCOWQ

http://www.youtube.com/watch?v=DB3yvCFpsq8


http://www.youtube.com/watch?v=HA2jjTTINPI

http://www.youtube.com/watch?v=RP0QKtE9xaM

http://www.youtube.com/watch?v=rF1l8JfzeT8


http://www.youtube.com/watch?v=66H-xxn4jsw

http://www.youtube.com/watch?v=n9vhOOoA6RQ

http://www.youtube.com/watch?v=HldQnw0LFys


http://www.youtube.com/watch?v=15fgMT3STLo

http://www.youtube.com/watch?v=BOupidm8ANE

http://www.youtube.com/watch?v=_uWN0QLlYJ8


http://www.youtube.com/watch?v=koHyi2SRUYA

http://www.youtube.com/watch?v=S37256XNsm0

http://www.youtube.com/watch?v=dYkuVcMqJ8g


http://www.youtube.com/watch?v=wGK7Oo8wixE

http://www.youtube.com/watch?v=DPcmLVuP2Zs

http://www.youtube.com/watch?v=rdMHjY0qUvo


http://www.youtube.com/watch?v=Xc3Vxk5DLGk

http://www.youtube.com/watch?v=-gkiUK30mQ4

http://www.youtube.com/watch?v=a4hoHZpaS8s


http://www.youtube.com/watch?v=jOZx9YbG3dM

http://www.youtube.com/watch?v=geEt5bFASSo

http://www.youtube.com/watch?v=GhmwOqA8U8I


http://www.youtube.com/watch?v=XvKkodgWmps

http://www.youtube.com/watch?v=ME9nguBrQ9o

http://www.youtube.com/watch?v=6X9BSrSiLu4


http://www.youtube.com/watch?v=NRgZ1zHMzwA

http://www.youtube.com/watch?v=IXUtDGuTKBM

http://www.youtube.com/watch?v=J66O9U5oO1I


  


 
AGORA VEJAM ESSES ARTIGOS ABAIXO.




             
      
       
            
      
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Programas do Mídia sem Máscara na TV
              

Essas edições foram ao ar na TV do Paraná entre final de 2004 até 2005, depois o Olavo mudou do Brasil para os Estados Unidos, e ficou apenas o José Monir Nasser, que depois não pode mais continuar, e o programa acabou.
           
Mas felizmente sobrou alguns registros, que podem ser assistidos aqui nessa playlist deste canal no You Tube.




A RÚSSIA ESTÁ NUMA NOVA CORRIDA ARMAMENTISTA



Guerra Fria 2.0 ?
Putin promete rearmamento da Rússia 'sem precedentes'

  



Vladimir Putin prometeu um rearmamento "sem precedentes" da Rússia diante dos Estados Unidos e um avanço do complexo militar-industrial que quer colocar, como na URSS, no centro do desenvolvimento do país, em um texto publicado nesta segunda-feira no âmbito da eleição presidencial.

O atual primeiro-ministro Vladimir Putin, que foi chefe de Estado de 2000 a 2008 e é candidato à presidência, põe como prioridade a necessidade de responder à implantação de um escudo antimísseis na Europa pelos Estados Unidos e Otan mediante o "reforço do sistema de defesa aérea e espacial do país".

"Na próxima década serão destinados 23 bilhões de rublos (590 milhões de euros, 773 milhões de dólares) a estes objetivos (de rearmamento)", informa este longo texto publicado pelo jornal oficial Rosiskaya Gazeta, consagrado totalmente à questão militar.

"Temos que construir um novo exército. Moderno, capaz de ser mobilizado a qualquer momento", escreveu, considerando que o exército russo foi deixado de lado nos anos 1990 "no momento em que outros países aumentavam constantemente suas capacidades militares".

"Temos que superar completamente este atraso. Retomar um status de líder em todas as tecnologias militares", destacou Putin, citando o terreno espacial, a guerra no "ciberespaço", assim como as armas do futuro com efeito "geofísico, por raios, ondas, genes, psicofísico".

"A renovação do complexo militar industrial se converterá em uma locomotiva para o desenvolvimento dos mais diversos setores", disse Putin, quase certo de voltar no dia 4 de março ao Kremlim, que precisou deixar em 2008 ao estar impossibilitado pela Constituição de conquistar um terceiro mandato.

"Pretende-se que o renascimento do complexo militar-industrial seja um jugo para a economia, um peso insuperável que em seu tempo teria arruinado a URSS", comentou.

"Estou convencido de que isto é um profundo erro", escreveu o ex-agente do KGB (serviço de inteligência soviético), que, em 2005, classificou a explosão da União Soviética como a "maior catástrofe geopolítica do século XX".

"A URSS morreu por ter esmagado as tendências do mercado na economia (...). Não temos que repetir os erros do passado", destacou Putin, considerando que os novos investimentos no campo militar desta vez devem ser o "motor da modernização de toda a economia".

No entanto, esta perspectiva foi colocada em xeque pelos especialistas. Segundo Alexander Konovalov, presidente do Instituto de Análises Estratégicas de Moscou, "a ideia de que se pode realizar um salto à frente na economia graças ao complexo militar-industrial está superada desde os anos 1950".

Putin anunciou o "renascimento" da marinha russa, em particular no Extremo Oriente e no Grande Norte.

Retomou também a acusação recorrente na Rússia contra os Estados Unidos sem nomeá-los, segundo a qual "ocorrem" deliberadamente conflitos ou zonas de instabilidade perto de suas fronteiras e o direito internacional nas crise mundiais é cada vez menos respeitado.

Putin também anunciou a entrega em dez anos de "400 mísseis balísticos modernos, 8 submarinos estratégicos, 20 submarinos polivalentes, mais de 50 navios de superfície, cerca de cem veículos espaciais com função militar, mais de 600 aviões modernos, mais de 1.000 helicópteros, 28 baterias antiaéreas S-400...".

Os salários dos militares foram "praticamente multiplicados por três" no dia 1 de janeiro, e o exército russo - 1 milhão de homens - se tornará profissional para ter apenas 145 mil recrutas em 2020, anunciou.

Há um ano, o governo russo já havia anunciado um amplo plano de modernização do exército por cerca de 500 bilhões de euros (cerca de 661 bilhões de dólares).
   


Vejam estes artigos aqui, e tirem suas conclusões
 



    

21 razões CONTRA Barack Hussein Obama



Há muito mais que esses 21 motivos para condenar Barack Obama. No entanto, esses 21 já são suficientes, ou pelo menos, DEVERIAM SER suficientes para qualquer pessoa NORMAL e de bom juízo, saber que esse cara trabalha para os inimigos dos Estados Unidos.
  

1. Ao preencher o formulário para inscrição na Ordem dos Advogados (Bar Association) de Illinois, Obama declarou que nunca tinha usado nenhum outro nome além de Barack Hussein Obama. É falso. Há documentos dele com os nomes de Barry Soetoro, Barry Dunham e outros, bem anteriores ao seu ingresso naquela entidade.

2. Durante a campanha, sob suspeita de ter adquirido sua mansão num negócio ilegal com Tony Rezko, Obama declarou que nada tinha a ver com o famoso vigarista, preso por uma dúzia de crimes. Agora apareceram as cobranças de impostos daquele imóvel: não estão em nome de Obama, mas do advogado de Tony Rezko.

3. Repetidas vezes, Obama afirmou que não tinha nada a ver com a Acorn, a ONG que espalhou milhares de títulos de eleitor falsos. Agora revela-se não só que a Acorn prestou serviços à campanha de Obama, recebendo pagamentos de 80 mil dólares, mas que a firma de advocacia onde trabalhou Michelle Obama está defendendo a diretoria da Acorn num caso de desvio de verbas.

4. Com o apoio de toda a grande mídia, sem exceção, Barack Hussein Obama jurou que eram puras difamações as notícias de que ele tinha recebido educação islâmica. O vídeo
não deixa margem a dúvidas: Obama mentiu novamente.

5. Graças ao caso Blagojevitch, Obama tornou-se o primeiro presidente eleito dos EUA a ser interrogado pela polícia já antes da cerimônia de posse. E o promotor Patrick Fritzgerald – o mesmo do caso Valerie Plame, donde se vê que o sujeito não age por preferência partidária – já anunciou que pretende em breve espremer Obama quanto aos negócios ilícitos com Tony Rezko.

6. Obama mandou bloquear, nos EUA e no Quênia, o acesso a todos os seus documentos, mesmo sobre a sua vida pública, desde a sua certidão de nascimento até a lista dos pequenos doadores da sua campanha, passando pelo seu histórico escolar em Harvard e Columbia, que é alegado ao mesmo tempo como prova definitiva dos altos dons intelectuais da criatura. Tribunais, da Pensilvânia, de Washington e de Ohio, já sentenciaram que o cidadão comum não tem nenhum direito de averiguar sequer a nacionalidade de Barack Hussein Obama. É preciso acreditar nele sob palavra, ou cair fora da sociedade decente.

7. Ele já inventou tantas lorotas sobre sua vida (que foi membro da Comissão de Bancos do Senado, que seu tio libertou Auschwitz, que seu pai foi pastor de cabras), já omitiu tantos dados essenciais (que foi membro de um partido socialista, que é primo do genocida Raila Odinga, que fez campanha para ele no Quênia, que seu irmão está à míngua numa favela em Mombasa, que sua tia é imigrante ilegal nos EUA), e já camuflou de tal modo suas ligações com a Acorn, com o terrorista William Ayers, com o agitador islâmico Louis Farrakhan, com o vigarista Tony Resko, etc., que tentar descobrir a verdadeira biografia dele é quase missão impossível. Seu próprio livro de memórias, que lhe rendeu a fama de escritor, é de autoria duvidosa: exames realizados com métodos computadorizados de investigação autoral concluíram que não foi escrito por Obama, mas sim por William Ayers.

8. A avó diz que ele nasceu no Quênia e não no Havaí como ele afirma, seus irmãos quenianos dizem que ele é muçulmano e não cristão como afirma, sua irmã diz que ele nasceu num hospital quando ele afirma que nasceu em outro, o patrocinador de seus estudos em Harvard diz que o dinheiro para isso foi fornecido por um notório agitador pró-terrorista, velhos conhecidos contam que ele sempre estava ao lado de Frank Marshall Davis quando este vendia cocaína.

9. Se você expuser suspeitas de maneira muito audível, o governo investigará seus antecedentes em busca de crimes hediondos como dívidas de imposto e multas de trânsitos não pagas, como fez com Joe Encanador, ou então o levará para a cadeia como fez com com Brent Garner, de Lawrence, Estado do Kansas.
http://www.wnd.com/index.php?fa=PAGE.view&pageId=79513

10. O que quer que se diga contra Obama tem resposta automática: É racismo. A chantagem racial é tão violenta, geral e sistemática, que o simples fato de você dizer que está havendo chantagem racial prova que você é racista. O monopólio da violência verbal fica portanto com os democratas, enquanto os críticos de Obama se resguardam atrás de rodeios e circunlóquios autocastradores.

11. Obama não diz coisa com coisa. Seus discursos, quando não são totalmente vazios de conteúdo, se contradizem uns aos outros com a maior sem-cerimônia – e funcionam exatamente por isso. O conteúdo deles não tem a mínima importância; só serve de excipiente para a substância ativa, constituída de apelos mágicos e mensagens hipnóticas, de modo que após alguns minutos todo mundo está com a inteligência entorpecida ao ponto de aceitar, sem a menor reação crítica, afirmações como esta: “Vocês sentirão uma luz vindo do alto, experimentarão uma epifania e uma voz de dentro lhes dirá: Eu tenho de votar em Barack Obama”. Se o sujeito proclamasse isso por fé espontânea, diriam que é louco. Como o diz no melhor estilo da programação neurolingüística ericksoniana, votam nele para presidente da nação mais poderosa do mundo. O amálgama de promessas utópicas, propaganda avassaladora, beatificação psicótica do líder, apelo racial, controle da mídia e intimidação sistemática do eleitorado é idêntico nos mínimos detalhes à estratégia eleitoral de Hitler em 1933.

12. Obama promete desmantelar o sistema de defesa espacial dos EUA, desacelerar unilateralmente o programa americano de pesquisas nucleares, transformar em derrota a vitória no Iraque, vetar a abertura de poços de petróleo e oferecer carteiras de motorista e assistência médica gratuita aos imigrantes ilegais.

13. Ahmadinejad declarou que a vitória do candidato democrata nas eleições dará o sinal verde para a islamização do mundo, Khadafi proclamou que Obama é um muçulmano fiel apoiado por milionários islamitas e Louis Farrakhan, aproveitando a onda de entusiasmo obamista, anunciou que a “Nation of Islam”, a sociedade secreta de radicais islâmicos que ele preside, há décadas funcionando em marcha lenta, está tendo “um novo começo” e logo estará operando de novo com força total.

14. O temor não é somente psicológico. Vários militantes republicanos já foram surrados por obamistas, escritórios da campanha McCain em vários Estados foram invadidos e destruídos, e só a ação da polícia impediu, a tempo, que centenas de agitadores obamistas bem treinados, armados de coquetéis Molotov, queimassem os ônibus que se dirigiam à Convenção Republicana em St. Paul (mesmo assim os remanescentes conseguiram fazer um belo estrago).

15. Ele pode receber 63 milhões de dólares em contribuições ilegais do exterior, e nada de mau lhe acontecerá por isso. Uma ONG que o apadrinha pode fazer uma derrama de títulos de eleitor falsos em treze Estados, e ai de quem sugira que ele tem alguma culpa no caso. A campanha de Obama recolheu nada menos de 605 milhões de dólares em contribuições. Para cada anúncio de McCain, saem quatro de Obama. Mais avassaladora ainda é a propaganda gratuita fornecida ao candidato democrata pela grande mídia.

16. A longa carreira de Obama como militante abortista, muito menos sobre a única atividade importante desenvolvida por ele no plano internacional: a campanha montada, com dinheiro público, para elevar ao poder no Quênia o agitador anti-americano e pró-terrorista Raila Odinga, culpado de ordenar o assassinato de mais de mil de seus opositores políticos e de conspirar com líderes muçulmanos para impingir a religião islâmica a uma nação de maioria cristã. Obama não somente ajudou Odinga com dinheiro dos contribuintes americanos e abriu contatos para ele no Senado, mas fez comícios em favor dele no Quênia.

17. Quando se noticiou a prisão do governador democrata de Illinois, Rod Blagojevich, acusado de leiloar a vaga de Obama no Senado, o canal KHQA-TV simplesmente retirou do ar a notícia que publicara um mês antes, segundo a qual o presidente eleito tinha uma reunião marcada com Blagojevich para 6 de novembro, para discutir o nome do seu sucessor no Senado. Claro: como Obama alegava que não sabia de nada das tretas de Blagojevich, era preciso criar retroativamente uma impressão de que isso era verdade. O assessor de Obama, David Axelrod, que no dia 23 dissera à FoxNews “Eu sei que ele (Obama) conversou com o governador sobre vários nomes (de sucessores)”, também voltou atrás e assegurou que nunca soube de nada.

18. As ligações estreitas do governador de Illinois com o vigarista Tony Rezko, financiador maior das campanhas de Obama e dele próprio, chamaram a atenção da Justiça ao ponto de fazê-la intimar novas testemunhas no caso do negócio imobiliário ilícito entre Rezko e Obama. Ao mesmo tempo, outro processo ligado ao caso, comprometendo Obama profundamente, foi aberto na cidade de Harvey, Illinois, onde o analista de crédito Kenneth J. Conner alega que foi demitido do Mutual Bank porque discordara das avaliações imobiliárias montadas, com a cumplicidade do banco, para favorecer Rezko e Obama. Forçada pelo desenrolar dos fatos a noticiar tardiamente aquilo que vinha escondendo, a CNN finalmente reconheceu que existem os processos judiciais questionando a elegibilidade de Obama.

http://edition.cnn.com/video/#/video/politics/2008/12/05/arena.obama.citizenship.cnn

Porém, num esforço hercúleo para abafar o impacto do escândalo, deu a notícia em versão propositadamente atrasada, afirmando que desde a publicação do atestado de nascimento do candidato pelo site da sua campanha, a acusação já era “caso encerrado”. Isso é a exata inversão da realidade. A onda de processos começou justamente após a publicação desse atestado.

19. O atestado não foi publicado originariamente pela campanha de Obama, mas pelo site esquerdista DailyKos, de onde a campanha o copiou. DailyKos tem entre seus colaboradores um especialista em computação gráfica, Jay McKinnon, o qual publicou no mesmo site, a título de “brincadeira”, um formulário em branco do mesmo tipo de documento e um atestado preenchido com o nome de I. B. Ahforgery, que soa exatamente como “Eu Sou Falso”. DailyKos tinha, portanto, todos os meios técnicos de produzir quantos atestados falsos quisesse.
http://web.israelinsider.com/Articles/Politics/12956.htm

20. Obama é, na verdade, o presidente menos qualificado que já houve para defender a integridade e a soberania dos EUA. Amplamente beneficiado por ajudas estrangeiras ilegais, vulnerável a toda sorte de chantagens pelo seu passado nebuloso, suas ligações comprometedoras e seus documentos falsificados, Obama foi posto no poder por quem sabe que pode destrui-lo com duas cuspidas. E foi posto lá precisamente por isso. Ele está bem protegido de seus inimigos, mas totalmente à mercê de seus protetores. Contra estes, ele não pode defender nem sequer a si próprio, quanto mais ao país inteiro.

21. Quanto àqueles que festejam antecipadamente o fim dos EUA, talvez não lhes ocorra, por falta de imaginação, a suspeita de que um mundo dominado pela Rússia e pela China não conhecerá outro regime político senão o russo e o chinês. 
 

Veja mais aqui neste artigo
 

  

História Secreta da KGB


 
História Secreta da KGB
 


“História Secreta da KGB” é o livro que relata toda a verdade sobre a organização russa. O seu autor, que durante anos recolheu secretamente a informação do livro, vê-se, assim, obrigado a viver sob um nome falso, numa casa vigiada, fora do país.
By Ralph Kinney Bennett

Quando era ainda um jovem funcionário do KGB, Vassili Mitrokhin fez alguns comentários críticos sobre as actividades da agência de espionagem durante a era de Estaline. Apesar de o ditador estar morto e oficialmente repudiado, Mitrokhin foi punido por ter falado demais. Transferiram-no das operações de campo para um posto burocrático nos arquivos do KGB. Esta transferência iria levar a uma falha de segurança monumental, que ainda hoje tem consequências.

Ao longo dos anos, Mitrokhin, que lidava com os documentos mais secretos do KGB, foi ficando cada vez mais desiludido com o sistema que a organização de espionagem, sabotagem e terrorismo pretendia preservar.

Laboriosamente, começou a copiar à mão um grande número de documentos e a esconder as suas notas. O seu móbil era «assegurar que a verdade não seria esquecida e que a posteridade pudesse um dia vir a tomar conhecimento dela».

A verdade não seria esquecida, graças a um livro espantoso: O Arquivo Mitrokhin. A História Secreta da KGB. Escrito por um historiador da Universidade de Cambridge, Christopher Andrew, com a colaboração de Mitrokhin, este volume é a primeira grande exposição pública do material recolhido pelo antigo funcionário do KGB: uma história clandestina, em bruto, do grande combate entre o comunismo soviético e o mundo livre. O conteúdo do arquivo de Mitrokhin abrange factos que vão do espantoso e do sinistro à farsa: os nomes verdadeiros e de código dos agentes soviéticos infiltrados no Departamento de Estado e noutros sectores do Governo dos Estados Unidos e as identidades de cientistas importantes que entregaram os segredos da bomba atómica a Moscovo. As histórias que o KGB «plantou» nos meios de comunicação de todo o Mundo acusando os militares norte-americanos de terem inventado a sida e americanos ricos de «adoptarem» crianças do Terceiro Mundo para lhes roubarem órgãos.

Lá estão também registados exemplos do mesquinho e do grotesco. Furioso com a deserção do grande bailarino Rudolf Nureiev, o KGB conseguiu que provocadores atirassem vidros partidos para o palco durante a sua primeira grande apresentação no Ocidente. Concebeu até um plano para lhe partir as pernas, descrito no burocratês do KGB como uma acção «destinada a diminuir as suas capacidades profissionais». Em 1972, o I Directório (informação e contra-informação no estrangeiro) encetou uma mudança, que iria durar toda uma década, do centro de Moscovo para os subúrbios, e Mitrokhin foi incumbido da tarefa de indexar e selar os seus 300 000 ficheiros. Sozinho, passava os documentos em revista e depois colocava-os em contentores selados, que escoltava pessoalmente até às novas instalações. Tinha acesso a tudo, incluindo os ficheiros muito secretos do Directório S, que se ocupava de todos os agentes soviéticos ilegais: cidadãos de outros países, recrutados como funcionários ou agentes, que operavam no estrangeiro na mais rigorosa clandestinidade.

Mitrokhin começou a copiar material destes ficheiros em pedaços de papel, que levava para casa escondidos nos sapatos. Gradualmente, começou a perceber que os funcionários do KGB do seu nível não eram revistados pelos guardas da segurança, que se limitavam a, de vez em quando, inspeccionar-lhes os sacos e as pastas. Assim, começou a levar os seus apontamentos em folhas de papel que metia nos bolsos. Todos os fins-de-semana, levava maços de notas para a sua datcha nos arredores de Moscovo, onde as batia à máquina e as metia numa batedeira de leite escondida sob o soalho. Com os anos, as notas transformaram-se num enorme arquivo, escondido numa série de caixotes e baús.

Ao ler os ficheiros, Mitrokhin apercebeu-se do papel vital do KGB para manter o poderio militar da União Soviética, um Estado policial fortemente dependente da ciência e tecnologia ocidental, sobretudo norte-americana. Foi em grande parte graças à espionagem, escreveram Andrew e Mitrokhin, que a União Soviética se manteve como uma superpotência no plano militar, enquanto a sua «mortalidade infantil e outros índices de penúria social» eram muito piores que os dos Estados Unidos e da Europa Ocidental.

Se a União Soviética era, como lhe chamou Ronald Reagan, o Império do Mal, o KGB era, como veio a chamar-lhe Mitrokhin, a Máquina do Mal, que permitia ao império funcionar. Entretanto, o KGB reagia com «ferocidade» a qualquer tentativa de tornar públicas as suas operações. Um primeiro exemplo foi a publicação, em 1974, do livro KGB: The Secret Work of Soviet Secret Agents, de John Barron, então um editor da Reader’s Digest.

O livro «deu origem a pelo menos 370 avaliações de danos sofridos e outros relatórios» do KGB. O agente do KGB residente em Washington recebeu instruções para descobrir tudo o que pudesse sobre o passado de Barron e pôr em prática «medidas activas» para desacreditá-lo. Estas medidas incluíam esforços grosseiros para retratá-lo como parte de uma «conspiração sionista» contra a União Soviética. Foram mesmo decretadas medidas para desacreditar jornalistas que tivessem feito críticas do livro ou usado informação recolhida nele.

Em Março de 1992, após o colapso da União Soviética, Mitrokhin pegou nalguns exemplos das notas do seu arquivo e apanhou um comboio nocturno da Rússia para uma das repúblicas do Báltico (não quer revelar qual). Contactou a Embaixada dos Estados Unidos, mas a recepção que lhe deram não foi entusiástica. Os funcionários norte-americanos, aparentemente, estavam a braços com uma enxurrada de dissidentes. Foi mais bem tratado na Embaixada Britânica. Algum tempo depois, os serviços secretos britânicos trouxeram-no, mais a família e os arquivos, para fora da Rússia. Hoje é cidadão britânico.

Os ficheiros já serviram para a condenação de Robert Lipka, um espião soviético infiltrado na Agência Nacional de Segurança norte-americana, a NSA. Também denunciaram Melita Norwood, uma cidadã britânica que entregou segredos científicos importantes aos Soviéticos durante e após a II Guerra Mundial. Não foi presa e declara não se arrepender do que fez. À medida que o seu conteúdo for totalmente desvelado, o arquivo poderá revelar milhares de nomes de agentes.

Entretanto, um elemento revelado em O Arquivo Mitrokhin precisa de ser urgentemente resolvido. O KGB teria enterrado rádios, armas e explosivos em esconderijos espalhados por toda a Europa e Estados Unidos, parte de um plano soviético para sabotar condutas, centrais eléctricas, cabos de alta tensão, barragens, reservatórios e outras instalações na eventualidade de uma guerra. Já foram descobertos esconderijos com equipamento de rádio na Suíça e na Bélgica. Diz-se que outros estão localizados no norte do estado de Nova Iorque, no Minnesota, Montana, Califórnia e Texas.

Poderia alguns destes esconderijos incluir dispositivos nucleares? Um ex-militar de alta patente da União Soviética indicou que os Soviéticos produziram 132 bombas nucleares do tamanho de malas. O republicano Curt Weldon, membro da Comissão das Forças Armadas da Assembleia de Representantes dos EUA, diz que o ministro da Defesa russo, Igor Sergueiev, confirmou a existência destas bombas de 1 quilotonelada. Mas os Russos só teriam reconhecido a existência de 48 destas armas.

«Há pelo menos a hipótese de que uma ou mais destas armas nucleares esteja escondida algures em território norte-americano», diz Weldon. «A Rússia deve esclarecer esta matéria indicando a localização exacta dos esconderijos.» Até hoje, a Rússia não o fez, e a sua resposta a O Arquivo Mitrokhin não é tranquilizadora. O Governo Russo desvalorizou Mitrokhin, dizendo que não passava de um arquivista e que os seus materiais são de autenticidade duvidosa.

Pior ainda, o SVR — sucessor russo do KGB — prossegue um vigoroso esforço de espionagem contra os Estados Unidos. Em Dezembro passado, um «diplomata» russo em Washington foi expulso dos EUA na sequência de uma acusação de espionagem. Um aparelho de escuta tinha sido «plantado» numa sala de conferências do Departamento de Estado e, segundo o FBI, ele fora detido enquanto escutava uma reunião, sentado no carro, estacionado perto do edifício.Entretanto, Mitrokhin tem que viver sob um nome falso numa casa rigorosamente vigiada, em Inglaterra. Diz temer que algum assassino vingativo do SVR atente contra a sua vida. «As pessoas, as organizações e os objectivos são os mesmos», disse ele ao Times londrino. «Todos os chefes fazem parte da mesma velha rede. E são todos criminosos.» 
  



VEJA ISSO QUE TERRÍVEL:
  

  
 

A Nova KGB e o Fenômeno Vladímir Putin


     
A Era dos Assassinos
A Nova KGB e o Fenômeno Vladímir Putin
  
 


POR EULER DE FRANÇA BELÉM EM 19/12/2009


A Era dos Assassinos — A Nova KGB e o Fenômeno Vladímir Putin"A Era dos Assassinos — A Nova KGB e o Fenômeno Vladímir Putin" (Record, tradução de Marcelo Schild, 391 páginas), dos historiadores Yuri Felshtinsky e Vladímir Pribilovski, é um livro rico em revelações. Durante o debate entre os candidatos a presidente dos Estados Unidos, o republicano John McCain disse: "Eu vi nos olhos de Putin três letras: KGB". Quem não se interessa pela história da Rússia pode pensar que se trata apenas de uma boa frase de efeito. Depois da leitura de "A Era dos Assassinos", o leitor concluirá que McCain resumiu a história do livro, ou seja, a história recente da Rússia.

Os historiadores mostram, com uma infinidade de informações, que a Kontora, como é conhecida a KGB (o novo nome é FSB, Serviço de Segurança Federal da Rússia), finalmente conseguiu conquistar o poder na Rússia. É a primeira vez, na história do país, que a corporação, a polícia secreta, detém o controle político e manda na economia. Opositores, sejam políticos ou empresários, são brutalmente assassinados e as investigações dão em nada. Cerca de 50 empresários e banqueiros foram assassinados desde que Putin assumiu o poder. Sob Stálin, a KGB, com outro nome, era forte, mas não tão forte quanto agora. Um dos méritos do livro é mostrar que Putin governa sob controle da KGB. Sua relativa autonomia pode ser comprovada apenas num campo: o gosto extremado e vaidoso por esportes. Putin (ou a KGB) não tem adversários, tem inimigos e, por isso, elimina-os de modo implacável. Alguns são mortos a tiros; outros, envenenados. A jornalista Anna Politkovskaya, que investigou a fundo a guerra da Tchetchênia e desmascarou as mentiras de Putin, foi assassinada. Os aliados de Putin sabiam que o presidente (hoje, primeiro-ministro, mas mandando no presidente Dmitri Medvedev, porque este não desafia a Kontora) detestava Politkovskaya. Resultado: se uniram e, no dia 7 de outubro de 2006, data do aniversário de Putin, mataram a brilhante e corajosa repórter. Tudo indica que os mandantes do crime são a FSB, Ramzan Kadirov e Umar Djabrailov.

O ex-tenente-coronel Alexander Litvinenko cometeu um crime grave do ponto de vista da KGB: traiu-a. Os traidores são assassinados pela Kontora, em geral de modo cruel. Litvinenko ousou denunciar que a corporação estava se preparando para matar o oligarca Boris Berezovski (o bilionário que tentou mandar no time do Corinthians). Foi preso e, para não morrer, exilou-se na Inglaterra. Acreditou que estava salvo. A KGB localizou-o e o envenenou com Polônio-210, veneno radiativo letal.

Sabe-se que outros jornalistas, intelectuais, políticos e empresários vão morrer. Basta se colocarem em oposição a alguma decisão do governo da KGB. A mídia é hoje quase que inteiramente controlada pelo governo de Putin-Medvedev. A Kontora mudou a legislação e a mídia, quando não está sob censura, é inteiramente controlada pela corporação.

Há outro aspecto pouco discutido a respeito de Putin. A corrupção de Stálin era moral (era perverso, sádico e pragmático) e teria morrido pobre (segundo os autores do livro, provavelmente envenenado). Putin e seu grupo, pelo contrário, são milionários, medularmente corruptos e adeptos da boa vida em tempo integral. A nova Nomenklatura extorque empresários e o próprio Estado. A esquerda brasileira, que fala tanto em privataria, deveria ler a história de como Putin privatiza estatais ou de como estatais privatizadas são retomadas de empresários. Não há segurança jurídica alguma e quem reclama morre ou tem de sair do país.

A deterioração moral chegou a tal ponto que o grupo de Putin é acusado até mesmo de envolvimento com o tráfico de cocaína. "As principais rotas de entrada de cocaína na Europa", segundo os autores do livro, passam pela Rússia. Eles revelam que 1.092 quilos de cocaína, provenientes da Colômbia, desapareceram nas mãos da KGB. Os traficantes de drogas russos mantêm relações cordiais com os aliados de Putin. São protegidos.

As olimpíadas de inverno de 2014 serão realizadas em Sochi e os aliados de Putin se tornaram proprietários dos melhores negócios da região. Como Putin convenceu o ex-presidente do Comitê Olímpico Internacional, o espanhol Juan Antonio Samaranch, a apoiar Sochi para sede das olimpíadas?

Felshtinsky e Pribiloviski revelam que, quando embaixador da Espanha na extinta União Soviética, Samaranch tinha o hábito de comprar antiguidades, atividade considerada ilegal, e, por isso, foi investigado pela KGB. Agentes da Kontora "ofereceram duas opções a Samaranch: ele poderia ser comprometido através de publicações de artigos na imprensa soviética e estrangeira detalhando suas atividades ilegais, o que, sem dúvida, encerraria sua carreira diplomática, ou poderia colaborar com a KGB como agente secreto. Samaranch escolheu a segunda opção".

Samaranch foi eleito presidente do COI, em grande parte, por ter obtido o apoio da KGB, que influenciou os países do Leste Europeu. Mais tarde, o "agente" espanhol retribuiu o favor, agora para Putin, e vetou outros países e concedeu à Rússia o direito de sediar as olimpíadas de inverso de 2014.

Os autores do livro avalizam a tese de que Lênin e sua mulher foram envenenados a mando de Stálin. Leia abaixo sobre a o crueza com que Putin tratou um de seus inimigos, Iuri Shutov.


O caso do inimigo de Putin

O texto a seguir foi extraído do livro "A Era dos Assassinos - A Nova KGB e o Fenômeno Vladímir Putin" (Editora Record), de Yuri Felshtinsky e Vladímir Pribilovski. O título do capítulo é "Iuri Shutov" (páginas 256, 257, 258, 259 e 260).

Ao contrário da descrição do hábito do presidente Putin de não se esquecer dos amigos, devemos comentar sobre como ele lida com os inimigos. Quando Putin se decide a "pôr fim em alguém", ele não descansa até atingir o objetivo.

Quando Putin começou a trabalhar para Sobtchak, em 1990, Sobtchak tinha pessoas trabalhando para ele que, segundo Putin, "desde então, conquistaram notoriedade e prestaram maus serviços a Sobtchak". Putin referia-se acima de tudo a Iuri Shutov, um executivo e político de caráter duvidoso que era o conselheiro extra-oficial do presidente da Lensovet, Sobtchak, durante a primavera e o outono de 1990 (oficialmente, Shutov serviu de conselheiro para Sobtchak por apenas alguns dias, de 5 a 12 de novembro de 1990).

No período soviético, o pequeno burocrata Shutov fora acusado de tentar incendiar a câmara de deputados de Leningrado (Smolny) visando destruir provas de seus delitos financeiros. Ele foi posto na prisão. Durante a Perestróica de Gorbatchev, Shutov foi perdoado e, em seguida, exonerado. Obviamente, ele não pretendera incendiar o Smolny. Depois que Sobtchak o acolheu e o expulsou vergonhosamente mais tarde (aparentemente, sob aconselhamento de Putin), Shutov começou a reunir provas incriminatórias contra Sobtchak e seu círculo mais próximo. Era um período difícil, todos quebravam as leis e havia uma profusão de provas incriminatórias a serem reunidas. Mais tarde, parte do material reunido por Shutov entrou em seu panfleto em forma de livro, "O coração de Sobtchak (Sobchachie serdtse, um trocadilho com o título do famoso romance de Mikhail Bulgakov, Sobachie serdtse, "O coração de um cachorro") e em sua continuação, "Os delitos de Sobtchak, ou Como Todos Foram Roubados" (Sobchachya prokhindiada, ili kak vsekh obokrali). A intenção era a de que os livros fossem as duas primeiras partes de uma trilogia intitulada "Roubo".

Para escrever os livros, Shutov foi ajudado por Mark Grigoriev, um jornalista profissional que publicara certa vez um artigo na revista Ogonyok sobre a tentativa de "incendiar" o Smolny, que contribuíra fortemente para o perdão e a exoneração de Shutov. O escritório de Shutov ficava no Hotel Leningrado. Shutov alugou um quarto para seu co-autor no mesmo hotel, e os dois escritores trabalharam em paz no livro - que, obviamente, não poderia trazer alegrias a Sobtchak.

Em fevereiro de 1991, houve um incêndio no hotel que resultou na morte de Mark Grigoriev. Isso não intimidou Shutov, que prosseguiu obstinadamente com o trabalho que iniciara. De algum modo, ele obtivera uma gravação de uma conversa casual entre Sobtchak e um residente da inteligência francesa na Rússia. Sobtchak pediu que Putin interviesse e impedisse a publicação da conversa. E Putin, utilizando o Diretório Regional de Leningrado para o Combate ao Crime Organizado (Rubop), organizou uma batida no apartamento de Shutov e confiscou a fita com a gravação.

A batida e a busca foram conduzidas de modo ilegal e não-oficial. Na noite de 6 de outubro de 1991, Shutov entrou no próprio apartamento e encontrou ladrões no interior. Quando fugiram da cena do crime, os criminosos quebraram o crânio de Shutov com um martelo. Quando, vários meses depois, em março de 1992, Shutov recebeu a visita de oficiais do governo com um mandado de busca oficial e uma ordem de prisão (por organizar um atentado contra a vida do presidente do Azerbaijáo, Abulfaz Eltcibei, o que era tão verossímil quanto a acusação anterior de tentar incendiar o Smolny), Shutov reconheceu um deles, Dmitri Milin, como um dos ladrões que lhe fraturara o crânio. Acabou sendo descoberto que o segundo "ladrão" era um colega de Milin, Dmitri Shakhanov. Os dois eram oficiais de alto escalão da Rubop de Leningrado. Depois de passar um ano e meio em uma prisão pré-julgamento, Shutov foi inicialmente libertado com a condição de não deixar o país e, em 1996, foi plenamente absolvido por uma decisão da corte do distrito de Vyborgsky, de São Petersburgo.

Nos dois primeiros panfletos anti-Sobtchak (publicados, respectivamente, em 1992 e em 1993), o vingativo Shutov não mencionou uma única vez o nome de Putin. Mas, em 1998, Shutov tornou-se deputado da assembléia legislativa da São Petersburgo e começou a acreditar que agora estava realmente protegido pela imunidade parlamentar, à qual tinha direito por conta de sua posição. Através do jornal Novy Peterburg, o qual patrocinava e onde escrevia uma coluna intitulada "Todos os Homens do Rei", Shutov lançou o rumor de que o novo diretor da FSB, Vladimir Putin, fora chamado de volta da Alemanha Oriental durante o período que passara lá como oficial da inteligência internacional por ofensas traidoras contra a Rússia: "Durante os quase cinco anos em que prestou serviço na Alemanha Oriental, o capitão Putin da KGB não conquistou resultados visíveis. Contudo, foi observado entrando em contato não-sancionado com um membro da rede de agentes inimiga. Depois disso, foi enviado imediatamente para a União Soviética, aonde chegou em um automóvel GAZ-24 Volga usado, comprado na Alemanha Ocidental, com três tapetes produzidos na Alemanha."

No mesmo artigo, Shutov apresentou a própria interpretação do relacionamento entre Putin e Sobtchak, quando Putin era supervisor da KCB na Universidade Estadual de Leningrado e Sobtchak era professor na faculdade de direito da universidade. Segundo Shutov, Sobtchak era um agente freelancer e informante de Putin. Putin "precisava coletar informações para a KGB, trabalhar com agentes empregados pela universidade e recrutar novos informantes... O professor Sobtchak acabou preso na rede de interesses da KGB e informava de bom grado ao assistente pró-reitor, Putin, sobre toda a gama de assuntos que o interessavam. Posteriormente, em 1990, um pequeno fichário contendo os relatórios originais deste informante, escrito à mão, chamado na terminologia burocrática da KGB de ´pasta de trabalho do agente, tornou-se um argumento muito forte em apoio à nomeação de Putin como conselheiro do presidente da câmara de deputados da cidade de Leningrado, Sobtchak".

Os leitores do "Novy Peterburg" nunca descobriram se o que Shutov escrevera era verdade. A resposta de Putin, que na época era diretor da FSB, veio menos de dois meses depois da publicação do controverso artigo de Shutov. Em fevereiro de 1999, por decisão da corte, Shutov perdeu a imunidade parlamentar e foi preso sob suspeita de organizar uma série de crimes graves, incluindo o assassinato de um oficial proeminente da cidade, Mikail Manevitch, em São Petersburgo, em 1997, e o assassinato de uma ativista democrata proeminente, Galina Starovitova, em 1998. Para atacar Shutov, Putin chegou a utilizar o famoso repórter oficial da televisão Mikhail Leontiev, que apareceu no Canal Um da televisão russa exigindo punição para o "bandido e malfeitor".

No entanto, em novembro de 1999, a corte do distrito de Kuybyshev de São Petersburgo alterou as restrições pré-julgamento para uma promessa de não deixar o país e determinou que Shutov fosse libertado da prisão. Shutov foi libertado diretamente do tribunal, mas, alguns minutos depois, homens mascarados e armados invadiram o local. Houve uma briga, durante a qual diversas pessoas ficaram feridas, incluindo um operador de câmera da televisão, cujo braço foi quebrado, e o próprio Shutov, que levou várias coronhadas e socos na cabeça e acabou desmaiando. Segundo Shutov, os homens mascarados levaram-no para o prédio da promotoria municipal e o espancaram. Por causa do espancamento, Shutov perdeu metade da audição e um olho. Médicos independentes não tiveram permissão para entrar na promotoria, enquanto os especialistas médicos do governo diagnosticaram que o acusado estava com a saúde perfeita. No entanto, vários dias depois, foi realizada uma audiência na corte a pedido dos advogados de Shutov, e os paramédicos ambulanciais que haviam sido convocados para a audiência entregaram um relatório médico exigindo a hospitalização imediata de Shutov. Mas, em vez de ser hospitalizado, Shutov foi enviado para a prisão pré-julgamento de São Petersburgo, sendo transferido depois de algum tempo para a prisão de Vyborg.

Inicialmente não estava claro quem organizara a abdução de Shutov do tribunal. Posteriormente, a promotoria municipal de São Petersburgo assumiu a responsabilidade pela ação. A unidade de forças especiais (OMON) que invadira o tribunal fora enviada de Moscou para realizar a operação.

Ativistas de direitos humanos e democratas adotaram uma posição fraca e hesitante em relação ao "caso Shutov", pois as visões antiliberais e antiocidentais de Shutov eram inegáveis e ele provavelmente tinha conexões com o mundo do crime. Apesar do perdão do tribunal e da determinação da Suprema Corte Russa da ilegalidade de Shutov ser mantido preso, apesar da reeleição de Shutov para o parlamento da cidade em 2002, o inimigo pessoal de Putin passou sete (!) anos sendo transferido entre diferentes prisões pré-julgamento sem ser condenado, sendo finalmente condenado à prisão perpétua em fevereiro de 2006 por organizar uma série de assassinatos por contrato de executivos (as acusações de ter assassinado Manevitch e Starovoitova foram retiradas).

Nunca foi descoberto quem matou Manevitch e Starovoitova. Staravoitova foi morta na entrada do prédio onde morava. O assassinato de Manevitch foi executado de modo altamente profissional. O assassino atirou no topo de um prédio alto com um rifle de mira telescópica em um carro que parara em um sinal de trânsito. As balas atravessaram o teto do veículo. A mulher de Manevitch estava com ele no carro no momento do assassinato, mas não foi ferida. Investigadores criminais desenvolveram diversas teorias possíveis em relação ao incidente. Eles também descobriram como Manevitch conhecera quem seria sua futura esposa. Um certo agente da FSB pedira a uma jovem mensageira que pegasse um trem para Moscou e entregasse uma bolsa lacrada a um homem que a encontraria na estação Leningradsky. No trem, um jovem chamado Mikhail sentou-se ao lado da jovem. Eles passaram toda a noite conversando e trocaram números de telefone. Em Moscou, quando desceu do trem, a jovem foi realmente recebida por um homem. Ele pegou a bolsa, afastou-se um pouco e, acreditando que não estava mais sendo visto, jogou a bolsa em uma lata de lixo sem nem abri-la.

O jovem do trem era Mikhail Manevitch. A jovem era sua futura esposa. O agente da FSB que pedira a ela para entregar a bolsa era Vladimir Putin. Só se pode imaginar quem foi "agente" de quem neste incidente e quem foi o "objeto".







    
 
   
  
putinA esquerda brasileira, que fala tanto em privataria, deveria ler a história de como Putin privatiza estatais ou de como estatais privatizadas são retomadas de empresários.
As olimpíadas de inverno de 2014 serão realizadas em Sochi e os aliados de Putin se tornaram proprietários dos melhores negócios da região.

"A Era dos Assassinos — A Nova KGB e o Fenômeno Vladimir Putin" (Record, tradução de Marcelo Schild, 391 páginas), dos historiadores Yuri Felshtinsky e Vladímir Pribilovski, é um livro rico em revelações. Durante o debate entre os candidatos a presidente dos Estados Unidos, o republicano John McCain disse: "Eu vi nos olhos de Putin três letras: KGB". Quem não se interessa pela história da Rússia pode pensar que se trata apenas de uma boa frase de efeito. Depois da leitura de "A Era dos Assassinos", o leitor concluirá que McCain resumiu a história do livro, ou seja, a história recente da Rússia. 
Os historiadores mostram, com uma infinidade de informações, que a Kontora, como é conhecida a KGB (o novo nome é FSB, Serviço de Segurança Federal da Rússia), finalmente conseguiu conquistar o poder na Rússia. É a primeira vez, na história do país, que a corporação, a polícia secreta, detém o controle político e manda na economia. Opositores, sejam políticos ou empresários, são brutalmente assassinados e as investigações dão em nada. Cerca de 50 empresários e banqueiros foram assassinados desde que Putin assumiu o poder. Sob Stálin, a KGB, com outro nome, era forte, mas não tão forte quanto agora. Um dos méritos do livro é mostrar que Putin governa sob controle da KGB. Sua relativa autonomia pode ser comprovada apenas num campo: o gosto extremado e vaidoso por esportes. Putin (ou a KGB) não tem adversários, tem inimigos e, por isso, elimina-os de modo implacável. Alguns são mortos a tiros; outros, envenenados. A jornalista Anna Politkovskaya, que investigou a fundo a guerra da Tchetchênia e desmascarou as mentiras de Putin, foi assassinada. Os aliados de Putin sabiam que o presidente (hoje, primeiro-ministro, mas mandando no presidente Dmitri Medvedev, porque este não desafia a Kontora) detestava Politkovskaya. Resultado: se uniram e, no dia 7 de outubro de 2006, data do aniversário de Putin, mataram a brilhante e corajosa repórter. Tudo indica que os mandantes do crime são a FSB, Ramzan Kadirov e Umar Djabrailov. 

O ex-tenente-coronel Alexander Litvinenko cometeu um crime grave do ponto de vista da KGB: traiu-a. Os traidores são assassinados pela Kontora, em geral de modo cruel. Litvinenko ousou denunciar que a corporação estava se preparando para matar o oligarca Boris Berezovski (o bilionário que tentou mandar no time do Corinthians). Foi preso e, para não morrer, exilou-se na Inglaterra. Acreditou que estava salvo. A KGB localizou-o e o envenenou com Polônio-210, veneno radiativo letal.

Sabe-se que outros jornalistas, intelectuais, políticos e empresários vão morrer. Basta se colocarem em oposição a alguma decisão do governo da KGB. A mídia é hoje quase que inteiramente controlada pelo governo de Putin-Medvedev. A Kontora mudou a legislação e a mídia, quando não está sob censura, é inteiramente controlada pela corporação.

Há outro aspecto pouco discutido a respeito de Putin. A corrupção de Stálin era moral (era perverso, sádico e pragmático) e teria morrido pobre (segundo os autores do livro, provavelmente envenenado). Putin e seu grupo, pelo contrário, são milionários, medularmente corruptos e adeptos da boa vida em tempo integral. A nova Nomenklatura extorque empresários e o próprio Estado. A esquerda brasileira, que fala tanto em privataria, deveria ler a história de como Putin privatiza estatais ou de como estatais privatizadas são retomadas de empresários. Não há segurança jurídica alguma e quem reclama morre ou tem de sair do país.

A deterioração moral chegou a tal ponto que o grupo de Putin é acusado até mesmo de envolvimento com o tráfico de cocaína. "As principais rotas de entrada de cocaína na Europa", segundo os autores do livro, passam pela Rússia. Eles revelam que 1.092 quilos de cocaína, provenientes da Colômbia, desapareceram nas mãos da KGB. Os traficantes de drogas russos mantêm relações cordiais com os aliados de Putin. São protegidos.

As olimpíadas de inverno de 2014 serão realizadas em Sochi e os aliados de Putin se tornaram proprietários dos melhores negócios da região. Como Putin convenceu o ex-presidente do Comitê Olímpico Internacional, o espanhol Juan Antonio Samaranch, a apoiar Sochi para sede das olimpíadas?

Felshtinsky e Pribiloviski revelam que, quando embaixador da Espanha na extinta União Soviética, Samaranch tinha o hábito de comprar antiguidades, atividade considerada ilegal, e, por isso, foi investigado pela KGB. Agentes da Kontora "ofereceram duas opções a Samaranch: ele poderia ser comprometido através de publicações de artigos na imprensa soviética e estrangeira detalhando suas atividades ilegais, o que, sem dúvida, encerraria sua carreira diplomática, ou poderia colaborar com a KGB como agente secreto. Samaranch escolheu a segunda opção".

Samaranch foi eleito presidente do COI, em grande parte, por ter obtido o apoio da KGB, que influenciou os países do Leste Europeu. Mais tarde, o "agente" espanhol retribuiu o favor, agora para Putin, e vetou outros países e concedeu à Rússia o direito de sediar as olimpíadas de inverso de 2014.

Os autores do livro avalizam a tese de que Lênin e sua mulher foram envenenados a mando de Stálin. Leia abaixo sobre a o crueza com que Putin tratou um de seus inimigos, Iuri Shutov.
  
 

O caso do inimigo de Putin 

O texto a seguir foi extraído do livro "A Era dos Assassinos - A Nova KGB e o Fenômeno Vladimir Putin" (Editora Record), de Yuri Felshtinsky e Vladímir Pribilovski. O título do capítulo é "Iuri Shutov" (páginas 256, 257, 258, 259 e 260).

Ao contrário da descrição do hábito do presidente Putin de não se esquecer dos amigos, devemos comentar sobre como ele lida com os inimigos. Quando Putin se decide a "pôr fim em alguém", ele não descansa até atingir o objetivo.

Quando Putin começou a trabalhar para Sobtchak, em 1990, Sobtchak tinha pessoas trabalhando para ele que, segundo Putin, "desde então, conquistaram notoriedade e prestaram maus serviços a Sobtchak". Putin referia-se acima de tudo a Iuri Shutov, um executivo e político de caráter duvidoso que era o conselheiro extra-oficial do presidente da Lensovet, Sobtchak, durante a primavera e o outono de 1990 (oficialmente, Shutov serviu de conselheiro para Sobtchak por apenas alguns dias, de 5 a 12 de novembro de 1990).

No período soviético, o pequeno burocrata Shutov fora acusado de tentar incendiar a câmara de deputados de Leningrado (Smolny) visando destruir provas de seus delitos financeiros. Ele foi posto na prisão. Durante a Perestróica de Gorbatchev, Shutov foi perdoado e, em seguida, exonerado. Obviamente, ele não pretendera incendiar o Smolny. Depois que Sobtchak o acolheu e o expulsou vergonhosamente mais tarde (aparentemente, sob aconselhamento de Putin), Shutov começou a reunir provas incriminatórias contra Sobtchak e seu círculo mais próximo. Era um período difícil, todos quebravam as leis e havia uma profusão de provas incriminatórias a serem reunidas. Mais tarde, parte do material reunido por Shutov entrou em seu panfleto em forma de livro, "O coração de Sobtchak (Sobchachie serdtse, um trocadilho com o título do famoso romance de Mikhail Bulgakov, Sobachie serdtse, "O coração de um cachorro") e em sua continuação, "Os delitos de Sobtchak, ou Como Todos Foram Roubados" (Sobchachya prokhindiada, ili kak vsekh obokrali). A intenção era a de que os livros fossem as duas primeiras partes de uma trilogia intitulada "Roubo".

Para escrever os livros, Shutov foi ajudado por Mark Grigoriev, um jornalista profissional que publicara certa vez um artigo na revista Ogonyok sobre a tentativa de "incendiar" o Smolny, que contribuíra fortemente para o perdão e a exoneração de Shutov. O escritório de Shutov ficava no Hotel Leningrado. Shutov alugou um quarto para seu co-autor no mesmo hotel, e os dois escritores trabalharam em paz no livro - que, obviamente, não poderia trazer alegrias a Sobtchak.

Em fevereiro de 1991, houve um incêndio no hotel que resultou na morte de Mark Grigoriev. Isso não intimidou Shutov, que prosseguiu obstinadamente com o trabalho que iniciara. De algum modo, ele obtivera uma gravação de uma conversa casual entre Sobtchak e um residente da inteligência francesa na Rússia. Sobtchak pediu que Putin interviesse e impedisse a publicação da conversa. E Putin, utilizando o Diretório Regional de Leningrado para o Combate ao Crime Organizado (Rubop), organizou uma batida no apartamento de Shutov e confiscou a fita com a gravação.

A batida e a busca foram conduzidas de modo ilegal e não-oficial. Na noite de 6 de outubro de 1991, Shutov entrou no próprio apartamento e encontrou ladrões no interior. Quando fugiram da cena do crime, os criminosos quebraram o crânio de Shutov com um martelo. Quando, vários meses depois, em março de 1992, Shutov recebeu a visita de oficiais do governo com um mandado de busca oficial e uma ordem de prisão (por organizar um atentado contra a vida do presidente do Azerbaijáo, Abulfaz Eltcibei, o que era tão verossímil quanto a acusação anterior de tentar incendiar o Smolny), Shutov reconheceu um deles, Dmitri Milin, como um dos ladrões que lhe fraturara o crânio. Acabou sendo descoberto que o segundo "ladrão" era um colega de Milin, Dmitri Shakhanov. Os dois eram oficiais de alto escalão da Rubop de Leningrado. Depois de passar um ano e meio em uma prisão pré-julgamento, Shutov foi inicialmente libertado com a condição de não deixar o país e, em 1996, foi plenamente absolvido por uma decisão da corte do distrito de Vyborgsky, de São Petersburgo.

Nos dois primeiros panfletos anti-Sobtchak (publicados, respectivamente, em 1992 e em 1993), o vingativo Shutov não mencionou uma única vez o nome de Putin. Mas, em 1998, Shutov tornou-se deputado da assembléia legislativa da São Petersburgo e começou a acreditar que agora estava realmente protegido pela imunidade parlamentar, à qual tinha direito por conta de sua posição. Através do jornal Novy Peterburg, o qual patrocinava e onde escrevia uma coluna intitulada "Todos os Homens do Rei", Shutov lançou o rumor de que o novo diretor da FSB, Vladimir Putin, fora chamado de volta da Alemanha Oriental durante o período que passara lá como oficial da inteligência internacional por ofensas traidoras contra a Rússia: "Durante os quase cinco anos em que prestou serviço na Alemanha Oriental, o capitão Putin da KGB não conquistou resultados visíveis. Contudo, foi observado entrando em contato não-sancionado com um membro da rede de agentes inimiga. Depois disso, foi enviado imediatamente para a União Soviética, aonde chegou em um automóvel GAZ-24 Volga usado, comprado na Alemanha Ocidental, com três tapetes produzidos na Alemanha."

No mesmo artigo, Shutov apresentou a própria interpretação do relacionamento entre Putin e Sobtchak, quando Putin era supervisor da KCB na Universidade Estadual de Leningrado e Sobtchak era professor na faculdade de direito da universidade. Segundo Shutov, Sobtchak era um agente freelancer e informante de Putin. Putin "precisava coletar informações para a KGB, trabalhar com agentes empregados pela universidade e recrutar novos informantes... O professor Sobtchak acabou preso na rede de interesses da KGB e informava de bom grado ao assistente pró-reitor, Putin, sobre toda a gama de assuntos que o interessavam. Posteriormente, em 1990, um pequeno fichário contendo os relatórios originais deste informante, escrito à mão, chamado na terminologia burocrática da KGB de ´pasta de trabalho do agente, tornou-se um argumento muito forte em apoio à nomeação de Putin como conselheiro do presidente da câmara de deputados da cidade de Leningrado, Sobtchak".

Os leitores do "Novy Peterburg" nunca descobriram se o que Shutov escrevera era verdade. A resposta de Putin, que na época era diretor da FSB, veio menos de dois meses depois da publicação do controverso artigo de Shutov. Em fevereiro de 1999, por decisão da corte, Shutov perdeu a imunidade parlamentar e foi preso sob suspeita de organizar uma série de crimes graves, incluindo o assassinato de um oficial proeminente da cidade, Mikail Manevitch, em São Petersburgo, em 1997, e o assassinato de uma ativista democrata proeminente, Galina Starovitova, em 1998. Para atacar Shutov, Putin chegou a utilizar o famoso repórter oficial da televisão Mikhail Leontiev, que apareceu no Canal Um da televisão russa exigindo punição para o "bandido e malfeitor".

No entanto, em novembro de 1999, a corte do distrito de Kuybyshev de São Petersburgo alterou as restrições pré-julgamento para uma promessa de não deixar o país e determinou que Shutov fosse libertado da prisão. Shutov foi libertado diretamente do tribunal, mas, alguns minutos depois, homens mascarados e armados invadiram o local. Houve uma briga, durante a qual diversas pessoas ficaram feridas, incluindo um operador de câmera da televisão, cujo braço foi quebrado, e o próprio Shutov, que levou várias coronhadas e socos na cabeça e acabou desmaiando. Segundo Shutov, os homens mascarados levaram-no para o prédio da promotoria municipal e o espancaram. Por causa do espancamento, Shutov perdeu metade da audição e um olho. Médicos independentes não tiveram permissão para entrar na promotoria, enquanto os especialistas médicos do governo diagnosticaram que o acusado estava com a saúde perfeita. No entanto, vários dias depois, foi realizada uma audiência na corte a pedido dos advogados de Shutov, e os paramédicos ambulanciais que haviam sido convocados para a audiência entregaram um relatório médico exigindo a hospitalização imediata de Shutov. Mas, em vez de ser hospitalizado, Shutov foi enviado para a prisão pré-julgamento de São Petersburgo, sendo transferido depois de algum tempo para a prisão de Vyborg.

Inicialmente não estava claro quem organizara a abdução de Shutov do tribunal. Posteriormente, a promotoria municipal de São Petersburgo assumiu a responsabilidade pela ação. A unidade de forças especiais (OMON) que invadira o tribunal fora enviada de Moscou para realizar a operação.

Ativistas de direitos humanos e democratas adotaram uma posição fraca e hesitante em relação ao "caso Shutov", pois as visões antiliberais e antiocidentais de Shutov eram inegáveis e ele provavelmente tinha conexões com o mundo do crime. Apesar do perdão do tribunal e da determinação da Suprema Corte Russa da ilegalidade de Shutov ser mantido preso, apesar da reeleição de Shutov para o parlamento da cidade em 2002, o inimigo pessoal de Putin passou sete (!) anos sendo transferido entre diferentes prisões pré-julgamento sem ser condenado, sendo finalmente condenado à prisão perpétua em fevereiro de 2006 por organizar uma série de assassinatos por contrato de executivos (as acusações de ter assassinado Manevitch e Starovoitova foram retiradas).

Nunca foi descoberto quem matou Manevitch e Starovoitova. Staravoitova foi morta na entrada do prédio onde morava. O assassinato de Manevitch foi executado de modo altamente profissional. O assassino atirou no topo de um prédio alto com um rifle de mira telescópica em um carro que parara em um sinal de trânsito. As balas atravessaram o teto do veículo. A mulher de Manevitch estava com ele no carro no momento do assassinato, mas não foi ferida. Investigadores criminais desenvolveram diversas teorias possíveis em relação ao incidente. Eles também descobriram como Manevitch conhecera quem seria sua futura esposa. Um certo agente da FSB pedira a uma jovem mensageira que pegasse um trem para Moscou e entregasse uma bolsa lacrada a um homem que a encontraria na estação Leningradsky. No trem, um jovem chamado Mikhail sentou-se ao lado da jovem. Eles passaram toda a noite conversando e trocaram números de telefone. Em Moscou, quando desceu do trem, a jovem foi realmente recebida por um homem. Ele pegou a bolsa, afastou-se um pouco e, acreditando que não estava mais sendo visto, jogou a bolsa em uma lata de lixo sem nem abri-la.

O jovem do trem era Mikhail Manevitch. A jovem era sua futura esposa. O agente da FSB que pedira a ela para entregar a bolsa era Vladimir Putin. Só se pode imaginar quem foi "agente" de quem neste incidente e quem foi o "objeto".