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15 de abril de 2014

Pasadena e eleições 2014

         
       
 
     

Este senhor aí da foto é Albert Frère, um megaempresário belga. O homem mais rico daquele país. Ele era o dono da refinaria Pasadena, por meio da Astra Transcor Energy, que foi comprada por U$ 42 milhões como sucata e vendida por U$ 1,12 bilhão para a Petrobras. Ele comprou esta refinaria em 2005 e vendeu 50% para a Petrobras em 2006, já por mais de U$ 300 milhões.
Este senhor possui 8% das ações da GDF Suez Global LNG, ocupando a cadeira de vice-presidente mundial nesta mega organização, maior produtora privada de energia do planeta. A GDF Suez possui negócios com a Petrobras no Recôncavo Baiano, mas seu principal negócio no Brasil é a Tractebel Energia, dona de um faturamento de quase R$ 6 bilhões anuais. É dona de Estreito, Jirau, Machadinho, Itá e dezenas de hidrelétricas, termelétricas, eólicas.
A Tractebel, que é da GDF Suez, que tem como um dos principais acionistas o senhor Albert Frère, que é um dos donos da Astra Transcor Energy, que passou a perna no Brasil em U$ 1,12 bilhão, foi uma grande doadora da campanha de reeleição de Lula, em 2006. A doação de R$ 300 mil chegou a ser contestada na sua legalidade. Também foi uma das patrocinadores do filme Lula, Filho do Brasil. Já em 2010, para a eleição de Dilma, a Tractebel doou quase R$ 900 mil.

O dinheiro que ajudou a reeleger Lula e eleger Dilma veio, assim, mesmo que indiretamente, da Petrobras. Daquela bolada que ela pagou, inexplicavelmente, pela Refinaria Pasadena. Como é pequeno este mundo da corrupção.
     
Foto: Ricardo Stuckert/Presidência
Lula e Dilma, presenças constantes nas inaugurações dos empreendimentos da Tractebel. Essa é de 2009.
 
  
  
  
 
     
Numa ofensiva para tentar rebater a exploração pela oposição da suspeita de prejuízo para a Petrobras pela compra da refinaria de Pasadena (EUA), em 2006, o Palácio do Planalto enviou nesta quinta-feira (20) a deputados petistas um roteiro para a defesa da empresa e também da presidente Dilma Rousseff, que comandava o Conselho Administrativo da estatal na época da operação.
O "manual" tem dados que teriam sido repassados pelo ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) e também pela Petrobras. O documento segue três linhas centrais. A primeira é reforçar que a compra de Pasadena foi aprovada com base em um documento "técnica e juridicamente falho", como sustenta a Presidência nos últimos dias.
A outra é para descentralizar o poder de decisão do caso das mãos de Dilma, que na época era Ministra da Casa Civil e presidia o conselho da Petrobras quando o negócio foi autorizado e votou a favor da compra. E ainda desmontar o discurso político para a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito). (Folha Poder)
  
 


 
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