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6 de janeiro de 2015

Fidel Castro e o Petrolão

  
       
  
       
Fidel Castro e o Petrolão
(*) Ipojuca Pontes
    
   
O velho comunista Fidel Castro – reconhecido urbi et orbi como o Tirano do Caribe – está em todas e em tudo o que não presta. Por exemplo: no escandaloso processo da Operação Lava-Jato, que põe o País de quatro, descobriu-se nos papéis do doleiro Alberto Youssef uma planilha de custos na qual figuram cifras bilionárias alusivas à construção do Porto de Mariel e recursos para ampliação e reforma de aeroportos de Cuba. Ao lado das cifras bilionárias, em dólares e reais, a planilha do operador do Petrolão destaca o valor de uma presumível parcela destinada a propina: R$ 3,6 milhões.

Fidel Castro é um câncer maligno que contamina a América do Sul há mais de meio século. Sua obsessão permanente, segundo quadrilheiros mais íntimos, é ver o Brasil transformado numa Cuba gigantesca, a expandir pela América Latina o comunismo de feição marxista-leninista para afrontar, pela ação integrada da Unasul (conglomerado ultravermelho disposto a qualquer manobra totalitária), o que o velho tirano ainda hoje chama de “imperialismo ianque”.

Embora a mídia amestrada tomada pelas esquerdas tenha silenciado quanto às resoluções tramadas por Fidel para consolidar a curto prazo uma República Popular Soviética na AL, vejamos os fatos. Segundo o noticiário gotejante de sangue do Granma Internacional (“órgano oficial del Comitê Central del Partido Comunista de Cuba”), a vossa presidenta Dilma Rousseff, em recente reunião da Unasul realizada em Quito, Equador, na qualidade de servil porta-voz de Castro, enumerou e aprovou em assembléia cinco propostas prioritárias para imediata execução da cúpula comunistas, a saber:

1) Fim das fronteiras entre os países que compõem a Unasul;
2) Fim dos limites do espaço aéreo brasileiro para aviões (de guerra) dos países “aliados”;
3) Criação da Escola Sul-Americana de Defesa subordinada ao Serviço de inteligência cubano, a famigerada DGI;
4) Criação da Unidade Técnica de Coordenação (para programação das urnas eletrônicas, a exemplo do que foi feito no Brasil nas últimas eleições por empresas administradas por Cuba e Venezuela);
5) Criação de bolsas de estudos versadas em marxismo-leninismo para a catequização de jovens dos países da Unasul.

No plano interno, que circunscreve o espaço do território tupiniquim, o programa proposto por Castro e o seu Foro de São Paulo foi tornado público em meados de outubro em reunião da cúpula do corrupto PT, cujas principais resoluções, já em marcha, são as seguintes:

a) “Democratização da comunicação” com a articulação de uma Lei da Mídia Democrática (objetivando, na prática, impor a Lei da Mordaça e o maior controle da imprensa burguesa);
b) Rearticulação da Política Nacional de Participação Social para implantação da democracia direta e participativa (a partir da ação financiada da militância partidária, movimentos e redes sociais, sindicatos, intelectuais engajados, artistas, ongs e “forças progressistas” em geral para se estabelecer em definitivo a hegemonia do PT sobre o governo e a sociedade – ou seja, a ditadura vermelha);
c) Desmilitarização das polícias militares, com o objetivo de tornar inoperantes as forças de seguranças capazes de enfrentar o “punch” comunista;
d) Controle absoluto das estatais e instituições financeiras que administram a economia brasileira, entre os quais o Banco Central, o BNDES o Banco do Brasil;
e) Promoção da revolução cultural e o consequente fomento da luta de classes (com a ampliação ilimitada de recursos destinados às áreas controladas da educação, da cultura e do esporte para formação e manutenção de “quadros qualitativos” e o aprofundamento da propaganda ideológica vermelha).

Enquanto aperta o cerco no Brasil e América do Sul, em Cuba, Castro, além de prender e espancar adoidado, cultiva uma nova forma de repressão: ele (seus esbirros) sequestra as dissidentes Damas de Branco nas portas das igrejas, tomando suas roupas, bolsas e dinheiro. Em seguida, as leva para áreas desertas a centenas de quilômetros, tornando dolorosa e demorada a volta de cada uma delas aos tugúrios em que vegetam.
Pergunta-se: e os direitos humanos?

(*) Ipojuca Pontes, ex-secretário nacional da Cultura, é cineasta, destacado documentarista do cinema nacional, jornalista, escritor, cronista e um dos grandes pensadores brasileiros de todos os tempos.

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