Fidel Castro e o Petrolão
(*) Ipojuca Pontes
O
velho comunista Fidel Castro – reconhecido urbi et orbi como o Tirano
do Caribe – está em todas e em tudo o que não presta. Por exemplo: no
escandaloso processo da Operação Lava-Jato, que põe o País de quatro,
descobriu-se nos papéis do doleiro Alberto Youssef uma planilha de
custos na qual figuram cifras bilionárias alusivas à construção do Porto
de Mariel e recursos para ampliação e reforma de aeroportos de Cuba. Ao
lado das cifras bilionárias, em dólares e reais, a planilha do operador
do Petrolão destaca o valor de uma presumível parcela destinada a
propina: R$ 3,6 milhões.
Fidel
Castro é um câncer maligno que contamina a América do Sul há mais de
meio século. Sua obsessão permanente, segundo quadrilheiros mais
íntimos, é ver o Brasil transformado numa Cuba gigantesca, a expandir
pela América Latina o comunismo de feição marxista-leninista para
afrontar, pela ação integrada da Unasul (conglomerado ultravermelho
disposto a qualquer manobra totalitária), o que o velho tirano ainda
hoje chama de “imperialismo ianque”.
Embora
a mídia amestrada tomada pelas esquerdas tenha silenciado quanto às
resoluções tramadas por Fidel para consolidar a curto prazo uma
República Popular Soviética na AL, vejamos os fatos. Segundo o
noticiário gotejante de sangue do Granma Internacional (“órgano oficial
del Comitê Central del Partido Comunista de Cuba”), a vossa presidenta
Dilma Rousseff, em recente reunião da Unasul realizada em Quito,
Equador, na qualidade de servil porta-voz de Castro, enumerou e aprovou
em assembléia cinco propostas prioritárias para imediata execução da
cúpula comunistas, a saber:
1) Fim das fronteiras entre os países que compõem a Unasul;
2) Fim dos limites do espaço aéreo brasileiro para aviões (de guerra) dos países “aliados”;
3) Criação da Escola Sul-Americana de Defesa subordinada ao Serviço de inteligência cubano, a famigerada DGI;
4)
Criação da Unidade Técnica de Coordenação (para programação das urnas
eletrônicas, a exemplo do que foi feito no Brasil nas últimas eleições
por empresas administradas por Cuba e Venezuela);
5) Criação de bolsas de estudos versadas em marxismo-leninismo para a catequização de jovens dos países da Unasul.
No
plano interno, que circunscreve o espaço do território tupiniquim, o
programa proposto por Castro e o seu Foro de São Paulo foi tornado
público em meados de outubro em reunião da cúpula do corrupto PT, cujas
principais resoluções, já em marcha, são as seguintes:
a)
“Democratização da comunicação” com a articulação de uma Lei da Mídia
Democrática (objetivando, na prática, impor a Lei da Mordaça e o maior
controle da imprensa burguesa);
b)
Rearticulação da Política Nacional de Participação Social para
implantação da democracia direta e participativa (a partir da ação
financiada da militância partidária, movimentos e redes sociais,
sindicatos, intelectuais engajados, artistas, ongs e “forças
progressistas” em geral para se estabelecer em definitivo a hegemonia do
PT sobre o governo e a sociedade – ou seja, a ditadura vermelha);
c)
Desmilitarização das polícias militares, com o objetivo de tornar
inoperantes as forças de seguranças capazes de enfrentar o “punch”
comunista;
d)
Controle absoluto das estatais e instituições financeiras que
administram a economia brasileira, entre os quais o Banco Central, o
BNDES o Banco do Brasil;
e)
Promoção da revolução cultural e o consequente fomento da luta de
classes (com a ampliação ilimitada de recursos destinados às áreas
controladas da educação, da cultura e do esporte para formação e
manutenção de “quadros qualitativos” e o aprofundamento da propaganda
ideológica vermelha).
Enquanto
aperta o cerco no Brasil e América do Sul, em Cuba, Castro, além de
prender e espancar adoidado, cultiva uma nova forma de repressão: ele
(seus esbirros) sequestra as dissidentes Damas de Branco nas portas das
igrejas, tomando suas roupas, bolsas e dinheiro. Em seguida, as leva
para áreas desertas a centenas de quilômetros, tornando dolorosa e
demorada a volta de cada uma delas aos tugúrios em que vegetam.
Pergunta-se: e os direitos humanos?
(*) Ipojuca Pontes,
ex-secretário nacional da Cultura, é cineasta, destacado documentarista
do cinema nacional, jornalista, escritor, cronista e um dos grandes
pensadores brasileiros de todos os tempos.