RECEBI ESSE TEXTO POR E-MAIL, E ACHEI INTERESSANTE PUBLICAR.
TALVEZ NÃO TENHA SIDO ESCRITO PELO TAL MÉDICO.
MAS SE FOI ELE, TANTO FAZ. O QUE IMPORTA É QUE DESCEU A GUASCA NO PETRALHA.
ISSO QUE VALE.
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Escrito e assinado!
No
último dia 25 de março o presidente Lula esteve em Tatuí, e lá fez a
entrega simbólica de 650 ambulâncias para 573 municípios brasileiros.. A
cerimônia foi essencialmente política, pois os veículos são destinados
ao SAMU, ou seja, os serviços de atendimento médico de urgência.
Acontece que a maior parte dos municípios contemplados não tem este
serviço implantado, e nem mesmo tem verba prevista em seus orçamentos.
Custa caro montar toda esta estrutura. As ambulâncias são a parte
visível do negócio, mas é necessário aparelhá-las com equipamentos de
UTI, de pessoal de apoio bem treinado, de médicos especializados
principalmente. E isto tem que funcionar 24 horas por dia, pois
emergência não tem hora. Ou seja, ou a maioria das ambulâncias vai ter
outro destino, ou vão virar sucata logo.
Como costuma fazer, o presidente Lula faz seus “discursos” de
improviso, que sempre buscam contentar a platéia presente, e exagera nas
frases feitas e cheias de pompa sobre os mais variados temas. Diga-se
de passagem, normalmente o presidente não sabe nada sobre o que está
falando, e suas gafes já são sobejamente conhecidas e divulgadas mundo
afora. Nesta cerimônia em Tatuí, o presidente Lula foi extremamente
infeliz com algumas de suas colocações.
Segundo o presidente da Associação Médica Brasileira, Lula teve “outro
rompante de incontinência verbal”. Mais uma vez, culpou os médicos para
os problemas de saúde que o Brasil enfrenta há décadas. Disse que a
classe médica não se interessa em atender o interior, “pois é muito
fácil ser médico na Avenida Paulista”, segundo suas palavras.
Depois, mandou um recado ao Conselho Federal de Medicina, por este ser
contra a revalidação automática dos diplomas dos médicos formados em
Cuba.
E ainda criticou aqueles que são contra a volta de um imposto para melhorar a saúde.
E por fim, ainda criticou o médico que no passado cuidou dele próprio, ao sofrer o acidente de “trabalho” que lhe amputou o dedo. Ou seja, versou sobre tudo o que finge saber.
E ainda criticou aqueles que são contra a volta de um imposto para melhorar a saúde.
E por fim, ainda criticou o médico que no passado cuidou dele próprio, ao sofrer o acidente de “trabalho” que lhe amputou o dedo. Ou seja, versou sobre tudo o que finge saber.
Como em todos os “discursos”, Lula fala o que lhe dá na telha, e nem se preocupa mais em ter coerência. Deve
acreditar que somos todos burros, pois quanto mais fala, mais sua
popularidade “aumenta”, segundo as informações “oficiais”. Mas para os
que ainda tem paciência de ouvi-lo, basta acompanhá-lo por algumas
semanas.
A
opinião ora é uma, ora é outra. Depende da platéia. Como estamos numa
democracia, livre “como nunca se viu na história deste país”, também
tenho o direito de opinar.
O que o senhor presidente não disse (ou não sabe) é que é impossível à
imensa maioria dos médicos montar um consultório na Avenida Paulista, um
dos locais mais caros do país, principalmente se trabalhar no serviço
público,
onde recebe um salário de fome, não tem um plano de carreira decente e não encontra condições dignas de trabalho.
onde recebe um salário de fome, não tem um plano de carreira decente e não encontra condições dignas de trabalho.
Aparelhos defasados, funcionários insuficientes para o apoio
(enfermagem, técnicos diversos), filas para marcação de exames, falhas
em tratamento de doenças básicas.
Se em São Paulo , que é a locomotiva da nação, é assim, o que dizer do restante do país?
Há dezenas de crianças morrendo em pseudo - UTIs em hospitais públicos
por aí. A sigla deveria ser Última Tentativa Inútil e não unidade de
terapia intensiva. Intensivas são só as mortes nestes nosocômios.
Não disse o presidente (ou não sabe) que médico nenhum consegue
trabalhar no interior sozinho. A não ser que seja para distribuir
“vale-saúde”, a exemplo dos inúmeros outros que ele criou. Pois tratar e cuidar de alguém sem apoio, sem retaguarda e sem condições, só na cabeça dele..
Quanto aos médicos de Cuba, formados em uma realidade totalmente
diferente da nossa, eles podem sim trabalhar no Brasil. Como qualquer
outro, formado em qualquer lugar do mundo, que se submetam às avaliações
necessárias e sejam aprovados. Desde que saibam Medicina. E o Conselho
Federal de Medicina, autarquia federal, é o órgão definido por lei para
avaliá-los.
O que o senhor presidente quis dizer (mas não teve coragem) é que quer fazer um agrado ao moribundo amigo Fidel, valorizando escolas falidas e que pregam uma falsa “medicina social”.
O que o senhor presidente quis dizer (mas não teve coragem) é que quer fazer um agrado ao moribundo amigo Fidel, valorizando escolas falidas e que pregam uma falsa “medicina social”.
Faltou falar sobre o assunto referente ao médico que o atendeu quando
sofreu seu acidente de “trabalho”. Talvez seu dedo pudesse ser salvo,
senhor presidente, se existisse na ocasião um atendimento decente em
posto de saúde, unidades de emergência bem aparelhadas, um profissional
médico bem preparado, com boa formação. Isso se o “SUS” da época
funcionasse. Isso se um médico que atende “SUS” ganhasse um honorário, e
não uns trocos.
Pois a CPMF, que geraria verba destinada ao “SUS” do seu governo, virou
dinheiro nas meias, cuecas e malas pretas na sua gestão. E até hoje o
“SUS” não funciona de forma decente!
E o senhor ainda quer recriar mais um imposto, para continuar
alimentando as falcatruas? Senhor presidente, com o perdão da palavra,
estou com o “saco cheio” do senhor e de seus “discursos”.
Se o senhor sofresse um novo acidente de “trabalho” e fosse eu o médico que lhe atendesse, CORTARIA-LHE A LÍNGUA, E NÃO O DEDO.
E faria um bem ao país, pois cada vez que o senhor abre a boca, NÃO CAUSA UM ACIDENTE. CAUSA UM DESASTRE.
Luiz Ricardo Menezes Bastos, médico, presidente da Associação Paulista de Medicina, Regional de Limeira